O Brasil inicia, a partir das 8h (horário de Brasília) desta segunda-feira (24), a sua caminhada na Copa do Mundo Feminina. E o primeiro desafio é a equipe do Panamá em jogo disputado em Adelaide (Austrália) e válido pelo Grupo F, que também conta com Jamaica e França – as duas seleções empataram sem gols no domingo (23). A expectativa é de que a equipe canarinho tenha uma boa participação na competição, como afirmou a técnica sueca Pia Sundhage em entrevista coletiva concedida na madrugada deste domingo. “Estamos muito felizes com os dois últimos resultados, pois o jogo está na nossa linha de confiança. Podemos olhar para cada uma, é um pouco diferente de um ano atrás. Então, tivemos uma linha de começo similar e acho que o mais importante é achar que está tudo garantido. E, por favor, aproveitar o jogo. Se fizermos isso, teremos uma grande chance de vencer amanhã [nesta segunda]. E, na verdade, nós vamos ganhar muitos jogos se juntarmos um ataque lindo e uma defesa muito sólida”, avaliou. A própria Pia, aliás, é um dos trunfos do Brasil na competição. Assim como a seleção brasileira, a treinadora tem no Mundial deste ano a oportunidade de um título inédito. A sueca de 63 anos levou os Estados Unidos ao ouro olímpico em 2008 (superando o Brasil na final) e em 2012. Na Copa do Mundo, porém, ficou no ‘quase’ algumas vezes. Como atleta, ajudou a Suécia a ficar em terceiro lugar na primeira edição, em 1991. Como técnica foi vice-campeã em 2011, comandando os Estados Unidos, derrotados pelo Japão na decisão. Os números da treinadora no comando do Brasil são significativos. Em 54 jogos são 33 vitórias, 12 empates e nove derrotas, com 124 gols marcados e 40 sofridos. Em Tóquio, a seleção de Pia caiu nas quartas de final para o Canadá, nos pênaltis. No ano passado veio o primeiro título oficial com o time brasileiro: a Copa América, em 2022, que garantiu lugar à equipe na Olimpíada de Paris, na França, em 2024. A Copa do Mundo Feminina 2023 também marcará o final do ciclo da ‘Rainha Marta’ defendendo o Brasil em mundiais. A maior artilheira da história da seleção (entre homens e mulheres), que estará pela sexta e última vez na competição, tem como meta garantir a conquista inédita. “A Copa do Mundo perfeita para o Brasil seria vencer. Chegar à final e, dessa vez, vencer. É muito complicado pensar em outro cenário. Para mim, particularmente, como jogadora e atleta, é agora ou nunca”, declarou a ‘Rainha do Futebol’ em entrevista ao site da Fifa.