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"Saúde"

Com a explosão de casos de dengue e o aumento das infecções por covid-19 no Brasil, sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar têm gerado muitas dúvidas. O infectologista Moacyr Silva Junior, do Hospital Albert Einstein, ressalta que, embora ambas as doenças sejam causadas por vírus, são transmitidas de maneiras diferentes. Enquanto a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a covid-19 ocorre por via aérea, através do contato próximo com uma pessoa infectada. No caso da covid-19, a transmissão ocorre principalmente por tosse, espirro ou contato próximo. Já a dengue é transmitida pelo mosquito, que pica uma pessoa infectada e depois uma pessoa saudável, transmitindo o vírus. Quanto aos sintomas, o quadro respiratório é mais comum na covid-19, enquanto na dengue prevalecem sintomas como dor no corpo, dor atrás dos olhos e mal-estar, sem envolver infecções das vias aéreas superiores, como tosse e coriza. Segundo o Ministério da Saúde, os sinais clássicos da dengue incluem febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e mal-estar, sendo que a piora geralmente ocorre após o declínio da febre, com sinais como vômitos recorrentes, desidratação e manchas pelo corpo. Já a covid-19 pode apresentar sintomas leves a graves, como tosse, febre, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo evoluir para formas mais graves com falta de ar persistente. Com os sistemas de saúde sobrecarregados, a automedicação é uma prática comum, mas deve ser feita com cautela. Para a covid-19, a dipirona e a lavagem nasal com soro fisiológico podem ajudar a aliviar os sintomas. Na dengue, além do analgésico, a hidratação é essencial, sendo recomendado o consumo de três litros de líquidos por dia, e é contraindicado o uso de ácido acetilsalicílico (AAS), que pode piorar os sinais de hemorragia em casos de dengue hemorrágica.

Amostras das sublinhagens JN.1 e JN.1.1 da variante Ômicron, do vírus que causa a Covid-19, foram detectadas na Bahia, é o que mostra um relatório do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). A detecção ocorreu por meio de sequenciamento genético feito pela instituição. A identificação foi em amostras de Salvador e de outros 16 municípios baianos coletadas entre 24 de dezembro de 2023 e 11 de janeiro de 2024. A JN é considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma variante de interesse, contudo, a vacina bivalente é eficaz na prevenção da Covid-19 causada por essas sublinhagens. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) recomenda que os municípios intensifiquem a vacinação contra a Covid-19. “É importante que todos busquem os postos de vacinação e tenham o esquema vacinal atualizado, principalmente neste momento que ocorrem festas com grandes aglomerações de pessoas vindas de diversas partes do país e até mesmo estrangeiros”, ressalta a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana. De acordo ainda com a chefe da pasta estadual, a Sesab, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, vem desenvolvendo, desde o dia 17 de janeiro, uma ação de vacinação neste período pré-carnavalesco que busca intensificar a imunização com a vacina bivalente. Do início da ação até esta quinta-feira (01), foram aplicadas 8.233 doses. A diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro destaca que as vacinas disponíveis atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS) são eficazes contra variantes que circulam no país. “A imunização reduz a possibilidade de se ter a doença e ainda em caso de infecção as chances de se ter sintomas graves e mortes são menores ”, afirma. Atualmente a cobertura da vacina Bivalente na Bahia está em 15,05%. O imunizante é destinado para para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos de idade que tenham recebido a última dose do imunizante há mais de 6 meses. Durante a ação pré-carnaval, a vacina está sendo ofertada para todos com 12 anos ou mais.

Dados do Ministério da Saúde indicam que o país vem registrando queda nos casos de HIV/aids, mas não entre homens de 15 a 29 anos. Nesta faixa, o índice tem aumentado, chegando, em 2021, a 53,3% dos infectados de 25 a 29 anos. Os números da pasta também registram crescimento dos casos de sífilis em homens, mulheres e gestantes. No mês em que se realiza a campanha Dezembro Vermelho, iniciativa de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que, se não tratadas, essas infecções podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas e cardiovasculares e até câncer como o de útero e de pênis. Ao longo do mês de dezembro, a sociedade médica esclarece as principais dúvidas envolvendo as ISTs por meio de live, posts e vídeos em seu perfil nas redes sociais (@portaldaurologia).

Veiculada em algumas redes sociais desde a última semana, a notícia que o Governo da Bahia teria reestabelecido a obrigatoriedade do uso de máscaras por conta do aumento no número de casos de Covid-19 é FALSA. O último decreto estadual publicado que tratou sobre uso de máscaras na Bahia é de 29 de março deste ano. O uso de máscaras segue com as mesmas diretrizes do decreto de 29 de março: a) Indicado em hospitais e demais unidades de saúde, como clínicas e Unidades de Pronto Atendimentos – UPAs; b) Obrigatório para indivíduos que estejam apresentando sintomas gripais como tosse, espirro, dor de garganta ou outros sintomas respiratórios; c) Obrigatório para indivíduos que tenham tido contato com pessoas sintomáticas;
d) Obrigatório para indivíduos com confirmação de Covid-19, mesmo que assintomáticos. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) destaca que o mais importante neste momento de aumento do número de casos de Covid-19 é elevar a cobertura vacinal. Atualmente, a Bahia possui cerca de 13% da população imunizada com a dose da vacina bivalente, sendo o público-alvo os maiores de 12 anos. A vacina salva vidas!

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