"Saúde"

A Mpox é uma infecção viral endêmica em alguns países da África Central e Ocidental que saiu pela primeira vez do continente em 2022, quando houve o primeiro surto global da doença. Na época, a propagação foi devido a uma versão do vírus chamada de Clado 2b, que ainda circula pelo mundo. A nova emergência foi decretada pela OMS devido ao aumento de casos em países africanos do Clado 1, uma nova linhagem do vírus, em especial na República Democrática do Congo (RDC). São mais de 500 mortos,apenas em 2024, cuja mortalidade na região chega a até 10%. A OMS declarou o  surto da doença uma emergência de saúde pública de interesse internacional depois da identificação de uma nova variante. O Clado 1b do mpox gerou preocupação global devido a sua capacidade de se espalhar mais facilmente por meio do contato humano. Um caso da variante foi confirmado na semana passada na Suécia e está ligado a um surto crescente na África. 

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A situação da dengue na Bahia é alarmante, com um total de 64 vítimas fatais da doença, conforme dados divulgados pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) na última quinta-feira (09/5). Atualmente, 197 dos 417 municípios do estado estão em estado epidêmico da doença. O mais recente óbito foi registrado na cidade de Serrinha, localizada a 180 km de Salvador. Apesar da taxa de letalidade na Bahia estar em 2,7%, abaixo da média nacional, a Sesab apontou um aumento significativo de 702,9% nos casos notificados de dengue em 2024, totalizando 181.211 casos prováveis até o dia 4 de maio. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, esse aumento representa 719,3%. Vitória da Conquista é o município mais afetado pela dengue, com 28.658 casos prováveis, seguido por Salvador, com 7.208, e Feira de Santana, com 6.891 registros. Embora seja o segundo município com mais casos da doença, a prefeitura de Salvador informou que a cidade não está mais em estado epidêmico, registrando uma redução de mais de 50% no número de casos confirmados em comparação ao mesmo período do ano passado.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira (19/4) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com isso, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento e propaganda desses produtos. Os cinco diretores votaram para que a vedação, em vigor desde 2009, continue no país. Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados também de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Com a decisão, a Anvisa informa que qualquer modalidade de importação desses produtos fica proibida, inclusive para uso próprio ou na bagagem de mão do viajante. De acordo com a agência, a norma não trata do uso individual, porém veda o uso dos dispositivos em ambiente coletivo fechado. O não cumprimento é considerado infração sanitária e levará à aplicação de penalidade, como advertência, interdição, recolhimento e multa. Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

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A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta sexta-feira (19) a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil. A reunião estava prevista para a última quarta-feira (17), mas foi adiada por causa de problemas técnicos e operacionais identificados no canal oficial de transmissão da agência no YouTube. Desde 2009, uma resolução da agência proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape. No ano passado, a diretoria colegiada aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular, como ações de fiscalização e campanhas educativas.

Entenda
Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, eles podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado. Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros.

Consulta pública
Em dezembro, a Anvisa abriu consulta pública para que interessados pudessem participar do debate sobre a situação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil, “com argumentos científicos e relatos relevantes relacionados ao tema”. A proposta de resolução colocada em discussão pela agência foi a de manutenção da proibição já existente. A consulta foi encerrada em fevereiro. Pouco antes do prazo ser encerrado, a Anvisa havia recebido 7.677 contribuições sobre o tema. 

Perigo à saúde
Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer. De acordo com a entidade, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. “Foram identificadas centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas.” Ainda segundo a AMB, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, além de aumentar a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais. Em estudos de laboratório, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga.

Surto de doença pulmonar
Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas. 

Congresso Nacional
Além do debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Jovens
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 22,6% dos estudantes de 13 a 17 anos no país disseram já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida, enquanto 26,9% já experimentaram narguilé e 16,8%, o cigarro eletrônico. O estudo ouviu adolescentes de 13 a 17 anos que frequentavam do 7º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio das redes pública e privada.

Controle do tabaco
O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).

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A Bahia atingiu a triste marca de 40 óbitos em decorrência da dengue, desde o início deste ano. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) confirmou na quarta-feira (17). Os três últimos óbitos de residentes de Vitória da Conquista e Barra do Choça, no centro sul do estado, e de Várzea Nova, no centro norte da Bahia. De acordo com a secretaria, a Bahia possui uma taxa de letalidade de 2,9%, menor do que a média nacional. Após as novas confirmações, ao todo os municípios que registraram mortes por dengue foram: Vitória da Conquista (9), Jacaraci (4), Feira de Santana (3), Juazeiro (3), Piripá (3), Caetité (2), Santo Antônio de Jesus (2), Barra do Choça (2), Caetanos (1), Campo Formoso (1), Carinhanha (1), Coaraci (1), Encruzilhada (1), Guanambi (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Palmas de Monte Alto (1), Santo Estevão (1), Seabra (1) e Várzea Nova (1).

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Com a confirmação de 80 casos da Febre Oropouche na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação epidemiológica nas regiões em que houve registros da doença. Técnicos da Vigilância Epidemiológica do Estado estão fazendo a captura do vetor, o mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, para identificar se os animais estão infectados. Esse trabalho busca compreender melhor o cenário dessa doença na Bahia. A diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, aponta que desde o primeiro caso confirmado, a Sesab ficou em alerta. “Toda vez que falamos em agravo de interesse a saúde pública, um caso já é um sinal de alerta para a vigilância epidemiológica, mesmo que não haja um cenário de ameaça iminente”, afirma. Ainda segundo Márcia São Pedro, é importante que as pessoas usem roupas compridas e façam uso de repelentes. “Ressaltamos também que não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor”, afirma. Ela ainda destaca que ao aparecer qualquer sintoma, a pessoa deve buscar uma unidade de saúde. “Por ser causada por um arbovírus, a Febre Oropouche tem sintomas muito parecidos com os da dengue como febre, dor no corpo e dores nas articulações”, explica a Diretora. Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, sendo o manejo clínico focado no alívio dos sintomas. A Secretaria reforça a importância do diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos e destaca ações de vigilância epidemiológica para monitoramento da situação.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina Abrysvo, da farmacêutica Pfizer. A dose combate o vírus sincicial respiratório (VSR), causador de infecções no trato respiratório, como a bronquiolite. A resolução foi publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial da União. Em nota, a Anvisa destacou que a bronquiolite é uma inflamação dos brônquios que acomete com bastante preocupação crianças pequenas e bebês. O imunizante é indicado para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em crianças desde o nascimento até os seis meses de idade por meio da imunização ativa em gestantes. “Isso significa que, para a proteção das crianças, a aplicação da vacina deve ser feita nas mães, durante a gestação. A vacina não é aplicada diretamente nos bebês”, reforçou a agência. A dose também foi autorizada para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em pessoas com 60 anos ou mais, população também considerada de risco para a doença.
A vacina
A vacina Abrysvo é descrita como bivalente, já que é composta por dois antígenos da proteína de superfície F do VSR. A administração é intramuscular e em dose única. Segundo a Anvisa, o imunizante deve ser aplicado durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação. “Como todo medicamento, foram observados alguns efeitos colaterais na administração do imunizante, sendo os mais comuns: dor no local da vacinação, dor de cabeça e dor muscular”, destacou a agência. “Ainda assim, a totalidade das evidências apresentadas à Anvisa foi capaz de demonstrar que os benefícios da vacina são superiores aos seus riscos.” A Anvisa já havia autorizado o registro da vacina Arexvy, da farmacêutica GlaxoSmith Kline, também destinada à prevenção de doenças causadas pelo VSR, porém, com indicação restrita à população com idade superior a 60 anos.

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Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e de outras cinco instituições descobriram que o vírus chikungunya é capaz de se espalhar pelo sangue, atingir múltiplos órgãos e causar danos cerebrais. O Portal G1 informa que os achados foram publicados nesta semana na revista científica Cell Host & Microbe. De acordo com o estudo, os mecanismos de ação observados pela primeira vez em casos fatais indicam que o vírus pode atravessar a barreira que protege o sistema nervoso central, o que reforça a necessidade de atualização dos protocolos de tratamento e vigilância da doença. “Isso mostra uma necessidade de acompanhar o paciente, inclusive aquele que saiu da infecção aguda, que já melhorou. É preciso acompanhar porque essas manifestações podem aparecer um tempo depois da suposta cura”, diz o professor José Luiz Proença Módena, do Instituto de Biologia. Clique aqui para ler a matéria completa do Portal G1.

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O Conselho Estadual de Saúde da Bahia acionou o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do estado para garantir que agentes de saúde tenham acesso a imóveis abandonados e inabitados, visando o controle da dengue. Com base em dados que indicam que 80% dos focos do mosquito da dengue estão dentro das residências, o Conselho busca a aplicação de medida provisória que autoriza o ingresso forçado em tais imóveis, deliberada durante a 303ª Reunião Ordinária do colegiado. Segundo o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Gêmeos, essa ação é crucial no combate à dengue e não pode esperar pela declaração de estado de calamidade pública. Atualmente, a Bahia já utiliza drones para identificar focos de água parada em áreas de difícil acesso, porém, sem autorização dos moradores, a ação de combate ao mosquito fica comprometida. A medida, que autoriza o ingresso forçado em imóveis abandonados ou inabitados, agora tem força de lei com a publicação da Lei nº 13.301, permitindo a execução das ações de controle ao mosquito e seus criadouros. Esta iniciativa deve ser tomada apenas em situações excepcionais e visa intensificar o combate à dengue, que registrou um aumento de 209,3% em comparação ao ano anterior, com 29.982 casos prováveis até o dia 2 de março de 2024.

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O Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), registrou na última sexta-feira (1º) mais uma captação de órgãos. A ação, que captou dessa vez rins, fígado, córneas e coração, resultou no primeiro transplante cardíaco da Bahia em 2024, realizado no Hospital Ana Nery em Salvador. O transporte do coração em tempo hábil foi realizado através de uma aeronave do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer). Mesmo em meio a dor da perda do ente querido, de 54 anos, residente na cidade de Irecê e vítima de traumatismo crânio encefálico (TCE), o sim da família para a doação ajudou a salvar a vida de um paciente de 60 anos, que há mais de um mês aguardava na fila por um transplante de coração. Da mesma forma, os demais órgãos captados seguiram na missão de transformar a vida de pacientes na fila de espera. Este ano, já foram registradas seis captações no Hospital Regional de Irecê, dentre elas, três realizadas simultaneamente. Tudo isso devido a solidariedade dos familiares dos doadores e a dedicação dos profissionais envolvidos. “Estamos felizes com a conscientização da população da nossa região e a dedicação da equipe multidisciplinar. Queremos agradecer muito aos familiares que mesmo em um momento de tanto sofrimento causado pela perda do seu ente querido, tomaram a nobre decisão de doar os órgãos e salvar vidas”, pontua Lucinete Alves, enfermeira coordenadora da Emergência da unidade hospitalar.

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