A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última quarta-feira (29), uma resolução que proíbe o uso de duas substâncias químicas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A medida tem como objetivo proteger a saúde da população contra riscos de câncer e problemas reprodutivos, e foi aprovada durante reunião da Diretoria Colegiada do órgão. As substâncias vetadas são o TPO [óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina] e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). Esses componentes são usados em produtos para unhas em gel e esmaltes em gel, que precisam ser expostos à luz ultravioleta (UV) ou LED. Estudos indicam que o DMPT é potencialmente cancerígeno em humanos, enquanto o TPO é considerado tóxico para a reprodução, podendo afetar a fertilidade. De acordo com a relatora da proposta, diretora Daniela Marreco, a proibição é uma medida de precaução necessária diante dos riscos comprovados. Ela destacou que, embora os efeitos mais intensos ocorram entre profissionais que manuseiam esses produtos com frequência, usuários comuns também estão sujeitos aos efeitos nocivos. Segundo Daniela, “cabe ao Estado atuar preventivamente, evitando a perpetuação de um risco sabidamente evitável”. Com a decisão, o Brasil se alinha aos padrões de segurança da União Europeia, que também proibiu recentemente o uso dessas substâncias. A resolução entra em vigor imediatamente, proibindo a fabricação, importação e registro de produtos com TPO ou DMPT. As empresas terão 90 dias para interromper a comercialização e realizar o recolhimento dos produtos ainda disponíveis no mercado.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) convocou 605 profissionais aprovados no Processo Seletivo Simplificado Reda 001/2025. A lista foi publicada nesta terça-feira (27), no Diário Oficial do Estado (DOE), e contempla trabalhadores de diversas áreas de atuação e regiões da Bahia. Esta é a primeira convocação do certame, que prevê, ao todo, 3.778 contratações ao longo de 2025. As convocações serão realizadas de forma gradativa, obedecendo à ordem de classificação dos candidatos aptos, conforme os requisitos estabelecidos no edital. Os convocados deverão enviar a documentação exigida entre os dias 29 de maio e 9 de junho, prazo de 12 dias corridos. As instruções detalhadas e os formulários estão disponíveis no site da Sesab, na aba “Processos Seletivos” e no banner da página inicial. A comunicação oficial será feita por e-mail, a partir do endereço cpm.reda@ba.gov.br, da Coordenação de Provimentos e Movimentações da Superintendência de Recursos Humanos (CPM/SUPERH). Não haverá cobrança de qualquer taxa adicional aos convocados. Em caso de cobranças indevidas, a Sesab reforça o alerta para possíveis tentativas de golpe. Novas convocações serão divulgadas conforme a necessidade do serviço e dentro do prazo de validade do processo seletivo. As atualizações estarão disponíveis exclusivamente no Diário Oficial do Estado, nos sites oficiais da Sesab e do Instituto de Desenvolvimento e Capacitação (Idcap).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a segunda fase do ensaio clínico de um medicamento oral contra a dengue. Chamado de EYU688, o fármaco está sendo patrocinado no país pela empresa farmacêutica Novartis Biociências, localizada em São Paulo. A autorização foi publicada nesta segunda-feira (21) e divulgada na terça-feira (22). Além do Brasil, o ensaio clínico do medicamento também é realizado em Cingapura, na Índia, na Malásia e no Vietnã. Na segunda fase, o patrocinador tem a inteção de incluir 38 pacientes, que serão escolhidos em centros de pesquisa clínica localizados em Brasília-DF (7), em Sorocaba e São José do Rio Preto-SP (17), em Manaus-AM (7) e no Rio de Janeiro-RJ (7). O objetivo principal é avaliar a eficácia e a segurança do medicamento em pacientes infectados com a dengue. Até a terça-feira o país identificou mais de 6,5 milhões de casos prováveis da doença. Outras 5.661 foram mortas pela dengue.
Nesta segunda-feira (14), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou que vacinas, que estão em desenvolvimento, contra a hanseníase possam ser testadas em humanos. A criação e aplicação das vacinas se fazem como ato inédito e notável para a história da saúde pública mundial. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), pertencente à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), liderará o teste clínico. Se os resultados forem satisfatórios, isso poderá proporcionar à população brasileira uma vacina gratuita contra a doença. A LepVax, que é postulante a ser a primeira vacina contra a hanseníase, foi criada pelo Access to Advanced Health Institute (AAHI), um instituto estadunidense de pesquisa biotecnológica sem fins lucrativos. Utilizando tecnologia moderna de subunidade proteica, a vacina apresentou resultados promissores em ensaios pré-clínicos contra a bactéria Mycobacterium leprae, responsável pela hanseníase. Antes de ser testada em pessoas no Brasil, que já possui o total de 54 voluntários, a segurança da vacina já foi verificada em ensaios realizados em 24 indivíduos saudáveis nos Estados Unidos. Esses estudos confirmaram que a vacina é segura, sem que eventos adversos graves fossem detectados, e demonstraram sua imunogenicidade, o que é a habilidade de provocar uma resposta imunológica. Com a realização do teste no Brasil, os pesquisadores poderão observar os efeitos da LepVax em um contexto onde a hanseníase ainda é transmitida. O Brasil abriga 90% dos casos da doença no continente americano e ocupa a segunda posição mundial em número de registros da doença, perdendo somente para a Índia. Entre 2014 e 2023, foram registradas cerca 245 mil novas infecções, conforme os dados do Ministério da Saúde. Somente em 2023, foram notificados 22.773 novos casos.
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