Uma denúncia de suposta violência obstétrica no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado, no sudoeste da Bahia, ganhou repercussão nas redes sociais na quinta-feira (5). O caso envolve uma jovem que teria sofrido maus-tratos durante o parto da filha, realizado na unidade hospitalar. Segundo relatos de familiares, a gestante, moradora de outro município da região, foi encaminhada ao hospital para a realização de uma cesariana. Após a bolsa romper, por volta das 18h, a equipe médica teria insistido no parto normal, mesmo diante de dores intensas e sinais de complicações. Familiares afirmam que a paciente chegou a desmaiar após cerca de duas horas de tentativas sem sucesso. Eles também relataram condutas consideradas abusivas por parte da equipe, como toques vaginais constantes e pedidos para que a própria gestante tocasse a cabeça do bebê durante o procedimento. Imagens divulgadas mostram o recém-nascido com marcas no rosto, supostamente causadas durante o parto. O caso deve ser encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e à Defensoria Pública do Estado (DPE) para investigação. A comunidade local e movimentos de defesa dos direitos das mulheres cobram apuração rigorosa dos fatos. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Brumado, por meio da Direção Clínica do hospital, negou a ocorrência de violência obstétrica. Segundo o comunicado, o parto foi conduzido por equipe habilitada e seguiu protocolos clínicos recomendados. A direção informou que a parturiente apresentou uma condição rara chamada apresentação de face, o que exigiu avaliações manuais contínuas. Sobre as lesões no recém-nascido, o hospital afirmou que são compatíveis com o tipo de parto e a sensibilidade do neonato. O bebê recebeu atendimento pediátrico e analgesia após o nascimento. Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, uma sindicância administrativa foi instaurada para apurar todos os aspectos do caso. O município reforçou o compromisso com a ética, a humanização do parto e a transparência na gestão da saúde pública.
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