Um morador de Livramento de Nossa Senhora, de 38 anos, está preso injustamente desde a manhã desta quinta-feira (22), após ser alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Criminal da Comarca de Macaúbas, no sudoeste da Bahia, sob acusação de furto qualificado em Ibipitanga. A defesa do acusado contesta a prisão e denuncia graves falhas na investigação policial, que resultaram na privação de liberdade de um inocente. De acordo com a defesa, o livramentense foi confundido com o verdadeiro autor do crime devido a uma pequena semelhança física. No dia e horário do furto, ele estava em uma academia em Livramento de Nossa Senhora, fato comprovado por testemunhas, imagens e registros de presença. Assim que soube das acusações pelas redes sociais, o acusado procurou espontaneamente a delegacia, registrou um boletim de ocorrência e apresentou todas as informações e provas que atestam sua inocência. Apesar da colaboração ativa e transparente com as autoridades, a prisão preventiva foi decretada sem que houvesse uma análise criteriosa dos álibis apresentados. A defesa ressalta que o acusado sempre se colocou à disposição da Justiça, comparecendo a todos os chamados e contribuindo com as investigações em todas as etapas. O caso evidencia um problema recorrente no sistema penal brasileiro: prisões injustas motivadas por falhas em procedimentos investigativos, reconhecimentos equivocados e ausência de rigor na checagem de provas e testemunhos. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já reafirmou que a prisão preventiva não pode ser decretada apenas pela falta de localização do réu ou por reconhecimento superficial, sendo imprescindível a apresentação de elementos concretos que justifiquem a medida. A defesa do livramentense destaca que a privação da liberdade de um inocente não apenas viola direitos fundamentais, mas também compromete a confiança da sociedade no sistema de Justiça. O respeito ao contraditório e à ampla defesa é essencial para evitar condenações injustas e garantir que nenhum cidadão seja punido sem provas robustas e apuração rigorosa dos fatos. Casos como este não são isolados e, infelizmente, se repetem em diferentes estados do país, levando pessoas inocentes ao cárcere por erros de reconhecimento, investigações apressadas ou desatenção a provas de inocência. A defesa aguarda que a Justiça reavalie o caso com base nas evidências apresentadas e revogue a prisão, corrigindo o erro e restituindo a liberdade ao acusado. O Blog Sudoeste tentou contato com a Polícia Civil e o Poder Judiciário sobre o andamento do caso e as providências mas não obteve êxito.
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