Os corpos de Keivison e Wesley, desaparecidos desde a tarde de domingo (7), foram encontrados na manhã desta segunda-feira (8) em uma lagoa no bairro Primavera, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. Os meninos tinham sido vistos pela última vez por volta das 14h, quando saíram de casa. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar iniciaram as buscas nas primeiras horas da manhã. A área foi isolada após roupas das crianças serem encontradas às margens da lagoa. Mergulhadores localizaram os corpos submersos, próximos um do outro. A principal suspeita é de afogamento acidental, mas a causa da morte será confirmada pela perícia técnica. O Departamento de Polícia Técnica realizou a remoção e encaminhou os corpos ao Instituto Médico Legal (IML) de Vitória da Conquista. O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades.
A leitura ganhou destaque na última segunda-feira (24) durante o lançamento do Projeto Adote um Leitor na Escola Municipal Florisvaldo da Silva Ribeiro, no bairro Jurema, em Livramento de Nossa Senhora. A iniciativa é fruto de uma parceria público privada entre a Secretaria Municipal de Educação, comerciantes locais e pessoas físicas que apoiam ações educativas no município. O evento reuniu alunos, pais, padrinhos e convidados que reconhecem a leitura como ferramenta essencial para o desenvolvimento das crianças. A proposta do projeto é estimular o crescimento intelectual e social dos estudantes por meio de revistas educativas que abordam valores, conhecimentos gerais e histórias que despertam a curiosidade. Cada assinatura realizada por um padrinho é convertida diretamente em acesso ao material para uma criança da rede municipal. Ao todo, 223 estudantes de 6 a 12 anos serão atendidos. Eles receberão mensalmente as revistas, ampliando o contato com conteúdos que incentivam a imaginação, o vocabulário e o interesse pela leitura. A iniciativa busca fortalecer o hábito da leitura desde a primeira infância e aproximar a comunidade escolar de ações que estimulem o aprendizado contínuo.
Um levantamento da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher revelou que 3,7 milhões de brasileiras declararam ter sofrido violência doméstica ou familiar no último ano. A maioria dos episódios ocorreu na presença de outras pessoas. Sete em cada dez agressões, o equivalente a aproximadamente 70%, foram presenciadas por terceiros, e grande parte dessas testemunhas era formada por crianças. A pesquisa ouviu 21.641 mulheres com 16 anos ou mais em diferentes regiões do país. O estudo apresenta margem de erro de 0,69 ponto percentual, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. Os dados mostram que a violência permanece enraizada no cotidiano de muitas vítimas e que, mesmo quando há pessoas próximas durante as agressões, a interferência costuma ser limitada. O levantamento aponta que 40% das testemunhas adultas não tomam nenhuma atitude no momento da agressão. A falta de reação contribui para que o ciclo de violência se prolongue. Segundo o estudo, cerca de 58% das entrevistadas relataram viver situações de agressão há mais de um ano. Entre os fatores mais citados para a permanência nesse cenário estão o medo, a dependência econômica e a ausência de redes de apoio capazes de oferecer proteção imediata. Os dados reforçam a importância de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres, ao acolhimento das vítimas e ao estímulo para que pessoas próximas identifiquem e denunciem sinais de violência.
O Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou 34 mil crianças entre 10 e 14 anos vivendo em união conjugal no Brasil. Desse total, 77% são meninas, distribuídas em 2,1 mil municípios de todo o país. A cidade de São Paulo lidera o ranking nacional, com 1,3 mil registros, seguida por Rio de Janeiro (809), Manaus (608), Fortaleza (513) e Salvador (299). Em alguns municípios, todas as crianças nessa condição são meninas, como em Sinop (MT), com 102 casos, São Luís (MA), com 90, e Bacabal (MA), com 73. O levantamento também detalha o perfil racial das crianças: 20.414 se declararam pardas, 10.009 brancas, 3.246 pretas, 483 indígenas e 51 amarelas. A maior parte das uniões, cerca de 87%, ocorre de forma consensual, sem registro civil ou religioso. Entre os casos formais, 7% são casados no civil e religioso, 4,9% apenas no civil e 1,5% só no religioso. O IBGE ressalta que os dados refletem apenas declarações dos moradores, sem comprovação legal das uniões. “A coleta é baseada unicamente na declaração do informante”, explicou Marcio Mitsuo Minamiguchi, da Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do instituto. A legislação brasileira proíbe o casamento civil de menores de 16 anos, salvo em situações excepcionais autorizadas pela Justiça. Especialistas apontam que o casamento infantil compromete o desenvolvimento físico, educacional e emocional de meninas, muitas vezes interrompendo os estudos e ampliando vulnerabilidades sociais. O Código Civil (art. 1.520) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelecem a proteção integral de menores de 18 anos, reforçando que a infância deve ser resguardada de qualquer forma de negligência, violência ou exploração.
O acesso à internet por crianças e adolescentes nas escolas brasileiras apresentou queda em 2025, segundo o estudo TIC Kids Online Brasil 2025, divulgado nesta quarta-feira (22). A pesquisa, conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revelou que o uso da rede entre estudantes de 9 a 17 anos dentro do ambiente escolar recuou de 51% em 2024 para 37% neste ano. Apesar da redução no uso nas escolas, o levantamento aponta que 92% das crianças e adolescentes dessa faixa etária utilizam a internet no país, o que representa cerca de 24,6 milhões de pessoas que acessaram a rede nos últimos três meses. O índice é ligeiramente inferior aos registrados nos anos anteriores, 93% em 2024 e 95% em 2023. O estudo mostra que, embora o número total de usuários permaneça estável, as formas de acesso à internet têm mudado, com o uso de celulares e redes móveis superando o de computadores e conexões fixas. Essa tendência reforça a centralidade dos dispositivos móveis na rotina digital das novas gerações. A pesquisa TIC Kids Online Brasil é uma das principais referências sobre o comportamento digital infantojuvenil e investiga o acesso, os usos e os riscos enfrentados por crianças e adolescentes na internet. O levantamento é realizado anualmente em parceria com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
O Instagram passará por uma reformulação voltada à proteção de menores de idade, segundo anunciou a Meta nesta terça-feira (15). A rede social vai adotar um sistema padrão de segurança baseado em classificações indicativas de filmes de Hollywood, ajustando o tipo de conteúdo exibido para crianças de até 13 anos e adolescentes de até 17 anos. Com a mudança, usuários menores de 17 anos serão automaticamente incluídos em um modo mais restritivo, só podendo sair dele com autorização dos responsáveis. Pais e responsáveis também poderão optar por configurações ainda mais rígidas, caso desejem maior controle sobre o uso da plataforma. De acordo com a Meta, as novas regras foram definidas com base em pesquisas globais que ouviram milhares de famílias. A empresa afirma que a intenção é minimizar a exposição de jovens a conteúdos inapropriados, oferecendo uma experiência digital “semelhante à de um filme indicado para maiores de 13 anos”. O Instagram já utiliza tecnologia de detecção de idade para identificar adolescentes que tentam se passar por adultos. A Meta reconhece que o sistema ainda tem limitações, mas diz estar investindo em aprimoramentos constantes para garantir um ambiente “seguro por padrão”.
Duas crianças, de 1 e 9 anos, ficaram soterradas após o desabamento da base de uma caixa d’água na tarde desta quarta-feira (26), no bairro São Francisco, em Carinhanha, sudoeste da Bahia. O acidente ocorreu no quintal de uma residência localizada na Rua Pista I. Segundo informações de familiares, as crianças estavam brincando e se banhando no quintal por volta das 13h, logo após o almoço, quando a estrutura desabou. Os pais ouviram o barulho e correram para socorrê-las, encontrando-as soterradas. “Foi um esforço tremendo para tirar essas crianças, foi um desespero”, relatou um vizinho que ajudou no resgate. As vítimas foram levadas ao Hospital Municipal Maria Pereira Costa (Dona Quinha). A criança mais nova foi transferida inconsciente em vaga zero para o Hospital Geral de Guanambi (HGG), com suspeita de fraturas na perna e costelas, além de lesão no fígado. Já a criança mais velha permanece em observação no Hospital Dona Quinha. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do acidente.
No Brasil, mais da metade das crianças do 4º ano do ensino fundamental, cerca de 51%, não conseguem dominar habilidades matemáticas básicas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (4) pela Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional (IEA). Entre as dificuldades estão a tabuada, a interpretação de gráficos simples e operações como somar e subtrair números de três algarismos. Esses alunos sequer atingem o nível de conhecimento considerado “baixo” nas avaliações internacionais. O país participou pela primeira vez do Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (Timss), uma prova aplicada a cada quatro anos desde 1995. Os resultados mostram que o Brasil obteve uma média de 400 pontos em matemática, posicionando-se à frente apenas de Marrocos, Kuwait e África do Sul, entre os 64 países avaliados. Quando comparado à média global de 503 pontos, o desempenho brasileiro revela uma defasagem. O atraso equivale a cerca de três anos escolares em relação a outras nações, evidenciando os desafios que o sistema educacional brasileiro enfrenta para garantir uma formação básica de qualidade em matemática para as crianças.
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