O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (2) que a Rússia não deseja uma guerra com as potências europeias, mas que, se a Europa assim o desejar, Moscou está pronta para lutar neste momento. Putin disse que as potências europeias estão fazendo exigências para um possível acordo de paz na Ucrânia que Moscou considera absolutamente inaceitáveis. Segundo o líder do Kremlin, as potências europeias se excluíram das negociações de paz sobre a Ucrânia porque cortaram relações com a Rússia. "Elas estão do lado da guerra", afirmou ele sobre as nações europeias. A declaração foi feita antes da reunião entre o líder russo e Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Moscou, nesta terça-feira (2).
O governo federal deve aprovar nesta quarta-feira (25) o aumento da mistura de etanol na gasolina de 27% para 30%, como estratégia para conter os impactos da guerra no Oriente Médio sobre o preço dos combustíveis no Brasil. A medida, discutida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), busca reduzir a dependência das importações diante da alta do petróleo e proteger o consumidor brasileiro de possíveis aumentos na bomba. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a elevação do percentual de etanol vai estimular o setor sucroalcooleiro, aumentar a autossuficiência nacional e ajudar a evitar repasses das oscilações do mercado internacional para o bolso do brasileiro. O ministro Alexandre Silveira afirma que a expectativa é de que a mudança ajude a segurar o preço da gasolina, mesmo diante das incertezas provocadas pelo conflito entre Irã e Israel. A alteração vinha sendo debatida desde o início do ano, mas ganhou força diante do risco de alta nos combustíveis e na conta de luz, caso o preço do petróleo continue subindo. O governo aposta que, com a supersafra de cana-de-açúcar, é possível ampliar a mistura sem pressionar o preço dos alimentos, mantendo o equilíbrio no mercado interno. O Brasil importa cerca de 5% da gasolina e 20% do diesel consumidos no país, e parte desse volume vem do Oriente Médio. Com a medida, o governo espera blindar o mercado nacional e minimizar o impacto das tensões internacionais nos preços dos combustíveis.
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