O livramentense Henrique Moreira, de 20 anos, tem chamado atenção em todo o país com uma ideia que une tecnologia e saúde. O jovem é fundador de uma startup de inteligência artificial que vem transformando a rotina de consultórios e clínicas médicas, oferecendo atendimento automatizado e humanizado por meio do WhatsApp, disponível 24 horas por dia. A inspiração surgiu em outubro de 2024, durante uma conversa com uma amiga estudante de medicina. Ao saber que a mãe dela enfrentava dificuldades para marcar consultas no consultório, Henrique percebeu a oportunidade de usar a tecnologia para simplificar o contato entre médicos e pacientes. Em pouco tempo, reuniu um grupo de sócios, Stella Soares, Rodrigo Coutinho e Norival Brito,  e deu início ao projeto, que logo conquistou seus primeiros clientes. Hoje, a ferramenta criada pelo jovem livramentense já está presente em mais de 400 consultórios, 30 hospitais e centenas de clínicas em diferentes estados. A plataforma funciona como uma assistente digital inteligente, capaz de agendar e remarcar consultas, responder dúvidas e organizar o fluxo de atendimento sem substituir o trabalho humano, mas garantindo mais agilidade e eficiência. O crescimento rápido da empresa atraiu o olhar dos fundadores da Conquer, uma das maiores escolas de negócios do país, que decidiram investir na startup. O aporte representa um novo passo na trajetória do grupo, que agora pretende triplicar o número de usuários até 2026. Henrique, que continua ligado às suas raízes, deve retornar a Livramento em dezembro, acompanhado dos sócios, para compartilhar sua história e inspirar outros jovens empreendedores da região.

Circula nas redes sociais um vídeo em que o arcebispo de Vitória da Conquista, o sudoeste da Bahia, Dom Vítor Agnaldo de Menezes, supostamente pede doações para o tratamento de uma criança com tumor. O conteúdo, divulgado como anúncio pago em perfis do Facebook e Instagram, é falso e utiliza técnicas de inteligência artificial para manipular a imagem e a voz do religioso. Segundo apuração do g1 e da equipe Fato ou Fake, o vídeo foi criado a partir de imagens reais de Dom Vítor, gravadas durante uma missa em março de 2025, mas teve o áudio original removido e substituído por uma mensagem fraudulenta. O objetivo do golpe é induzir usuários a fazerem transferências via PIX para uma conta que não tem relação com a Igreja ou com a suposta criança doente. A Arquidiocese de Vitória da Conquista confirmou que o arcebispo não gravou nem autorizou o vídeo, classificando o conteúdo como uma falsificação produzida por inteligência artificial. A instituição reforçou que campanhas oficiais e pedidos de doação são divulgados apenas pelos canais institucionais, como o site oficial e redes sociais verificadas. Além disso, imagens de crianças usadas no vídeo foram extraídas de perfis internacionais e não têm relação com casos reais no Brasil. Ferramentas de detecção apontaram 99,9% de chance de o áudio ter sido gerado por IA. A orientação da Arquidiocese é clara: não faça doações para contas divulgadas nesse tipo de conteúdo e, em caso de dúvida, consulte sempre os canais oficiais da Igreja. O caso já está sendo investigado por autoridades e medidas legais estão sendo tomadas para identificar os responsáveis pelo golpe. “Reforçamos que todas as ações oficiais da Arquidiocese, inclusive campanhas solidárias e pedidos de contribuição, são divulgadas exclusivamente por meio do nosso site oficial e redes sociais institucionais”, destacou a nota da Arquidiocese de Vitória da Conquista.