O advogado e influenciador digital João Neto foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão pelo crime de lesão corporal contra a ex-esposa, Adriana Bernardo Santos. A sentença foi proferida pelo juiz Robério Monteiro, do 2º Juizado de Combate à Violência Doméstica de Maceió, e inclui o pagamento de R$ 40 mil em indenização à vítima. O cumprimento da pena será em regime aberto, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, devido à ausência de unidades para regime semiaberto no estado de Alagoas. O caso ocorreu em abril deste ano, quando João Neto foi preso em flagrante após agredir Adriana em um apartamento no bairro da Jatiúca, em Maceió. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima, ensanguentada, deixa o imóvel, enquanto o agressor tenta estancar o sangramento com um pano. A agressão resultou em um corte profundo no rosto de Adriana, que precisou de atendimento médico e levou três pontos. Após 29 dias detido, João Neto passou a cumprir medidas cautelares, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica. O Ministério Público de Alagoas também solicitou que ele seja obrigado a pagar pensão mensal de R$ 20 mil à vítima, mas o pedido ainda aguarda decisão judicial. João Neto é conhecido nas redes sociais por produzir conteúdo jurídico e acumula mais de dois milhões de seguidores. Após a divulgação do caso, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu seu registro profissional. A defesa do réu foi procurada, mas não se manifestou até a última atualização desta reportagem. A decisão ainda cabe recurso.
O advogado baiano João Neto, acusado de agredir a namorada, criticou publicamente a suspensão temporária de seu registro profissional pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em vídeo publicado nas redes sociais, João Neto aparece em um imóvel de alto padrão e confirma a suspensão de sua carteira da OAB, afirmando que a medida seria motivada por preconceito racial. “Esse negro aqui vai continuar vivendo bem, comprando o que quiser. Não vão me impedir. Só posso atribuir isso ao racismo”, declarou. Na legenda da publicação, o advogado questionou o posicionamento da OAB: “Por que a OAB protege alguns em casos graves como tráfico ou corrupção, mas não se posiciona quando se trata de um advogado negro, filho da periferia? Dois pesos, duas medidas?” A suspensão, válida por 90 dias, foi determinada após a conclusão de um processo ético-disciplinar e entrou em vigor no mesmo dia em que Neto foi liberado do presídio Baldomero Cavalcante, em Maceió (AL), onde ficou preso por 29 dias sob suspeita de agredir a namorada. A decisão foi aprovada de forma unânime pela Turma Especializada da OAB e publicada no Diário Eletrônico da instituição em 9 de maio, passando a valer oficialmente em 13 de maio. Segundo a OAB, a suspensão não está relacionada diretamente à acusação de agressão, mas sim ao comportamento de João Neto em redes sociais e entrevistas, considerado incompatível com a ética profissional exigida pela entidade. O processo disciplinar que resultou na punição é anterior à prisão do advogado. Até o momento, a OAB não comentou as declarações do advogado. João Neto segue ativo nas redes sociais e afirma que continuará suas atividades, mesmo com a penalidade em vigor.
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