O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) condenou o prefeito de Anagé, Rogério Soares Bonfim, a devolver R$ 3.794.286,01 aos cofres públicos e pagar multa de R$ 3 mil, após julgamento de uma representação movida pelo vereador Admilson de Oliveira Damasceno. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (30) e trata de irregularidades em contratos e despesas do município. De acordo com o TCM, a análise do caso apontou pagamentos sem comprovação de interesse público, falhas em licitações e despesas realizadas sem cobertura contratual, que resultaram em prejuízo ao erário. O processo teve como relatora a conselheira Aline Peixoto, com acompanhamento dos conselheiros Ronaldo Nascimento de Sant’Anna e Plínio Carneiro Filho. Além das penalidades financeiras, o Tribunal determinou o envio do caso ao Ministério Público Estadual (MP-BA) para investigação de possíveis atos de improbidade administrativa. O Ministério Público de Contas foi representado pela procuradora Aline Paim Monteiro do Rego Rio Branco durante o julgamento. O resultado foi consolidado no Acórdão nº 21989e22APR, publicado pelo TCM-BA, que reforçou a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos municipais.
A Polícia Civil da Bahia, por meio da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Vitória da Conquista, deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) uma operação para cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços localizados nos bairros Ipanema, Boa Vista e Urbis VI. A ação teve como alvo um homem de 55 anos, investigado pelos crimes de extorsão, agiotagem, falsidade ideológica, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, o suspeito utilizava empresas de fachada para participar de licitações fraudulentas em prefeituras baianas, com direcionamento de concorrências, superfaturamento de contratos e pagamento de propinas a agentes públicos. Ele também atua no ramo de postos de combustível e possui três CPFs diferentes em seu nome, o que levantou suspeitas de ocultação de bens e valores. Uma das vítimas, um idoso de 72 anos, relatou à polícia que contraiu um empréstimo com o investigado, apontado como agiota, e foi ameaçado de morte sob mira de arma de fogo caso não aceitasse pagar juros abusivos. As denúncias indicam que o investigado mantinha influência em diversas gestões municipais, contando com prefeituras que favoreciam suas empresas por meio de licitações direcionadas e ausência de competição real. Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam celulares, computadores, tablets e pen drives, que serão encaminhados para perícia técnica. A operação mobilizou 30 policiais civis e, segundo a Polícia Civil, novas atualizações sobre o caso serão divulgadas ao longo do dia.
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