A Polícia Civil identificou três suspeitos pelo assassinato de Maria Helena do Nascimento Bastos, 41 anos, da filha Mariana Bastos da Silva, 20, e da amiga Alexsandra Oliveira Suzart, 45, encontradas mortas em 16 de agosto em um matagal perto da Praia dos Milionários, em Ilhéus, sul da Bahia. Os investigados estão foragidos. As três mulheres desapareceram no dia 15, quando saíram para passear com um cachorro. Imagens de câmeras de segurança registraram o último momento em que caminhavam pela orla. Servidoras da rede municipal de ensino, Maria Helena e Alexsandra moravam, assim como Mariana, em condomínios distantes cerca de 200 m do local do crime. Perícias apontaram lesões semelhantes nas vítimas: facadas no pescoço e cortes provocados por cacos de vidro. A polícia avalia a hipótese de participação de mais de uma pessoa, mas não descarta que o triplo homicídio tenha sido cometido por um único autor, pois os ferimentos apresentam o mesmo padrão. Não houve violência sexual. Investigadores analisam rotas de fuga que podem incluir a passagem por imóveis vizinhos à área de mata. Testemunhas foram ouvidas, e imagens de monitoramento adicional serão coletadas para reforçar a apuração. Informações preliminares levantam a possibilidade de que um ex-companheiro de uma das vítimas, inconformado com o fim do relacionamento, esteja envolvido; a identidade dele não foi confirmada oficialmente. O delegado Hélder Carvalhal, do Núcleo de Homicídios, disse que as diligências prosseguem para esclarecer a motivação e capturar os responsáveis. A Prefeitura de Ilhéus lamentou as mortes das servidoras em nota oficial e ofereceu apoio às famílias.
Na madrugada de domingo (10), um adolescente de 16 anos esfaqueou o padrasto para proteger a mãe durante uma briga em Rio Claro, interior de São Paulo. O homem, de 36 anos, está internado na Santa Casa do município sob escolta policial, após ser autuado em flagrante por tentativa de feminicídio. O adolescente não foi apreendido, pois a polícia considerou que ele agiu em legítima defesa para proteger a mãe. A mulher, de 35 anos, vive em união estável com o companheiro desde dezembro de 2023. Ela já havia registrado queixas contra o homem, relatando comportamento violento dele, principalmente quando consumia álcool e drogas. A investigação segue para apurar todas as circunstâncias do caso.
A mãe de um menino de seis anos denunciou um caso de racismo contra a criança em uma escola particular de Feira de Santana, a 100 km de Salvador. O episódio ocorreu no dia 6 de novembro, mas ganhou repercussão nas redes sociais nesta semana. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil da Bahia (PC-BA). Segundo a denúncia, feita pela cirurgiã-dentista Nayane Barreto, de 32 anos, o filho foi agredido pela mãe de uma colega da mesma escola. A mulher teria pegado o menino pelo braço e exigido que ele mostrasse onde estava o brinquedo perdido por sua filha. Após o garoto explicar que não estava com o objeto, a mulher teria dito: "Escurinhos todos se parecem". Nayane relatou que encontrou o filho sozinho, assustado e chorando no momento em que foi buscá-lo na escola. Ao questionar a agressora sobre o ocorrido, recebeu a confirmação do ato e ouviu a frase racista. A mãe procurou a direção da escola, mas foi orientada a retornar no dia seguinte. Segundo ela, nenhuma medida foi tomada pela instituição. “Durante o último mês de aula do meu filho, encontramos diariamente com a agressora nas instalações da escola. Nenhum tipo de atitude foi tomada, nem como medida corretiva ou educativa e nem como apoio ao meu filho e minha família”, lamentou Nayane. Após a repercussão do caso nas redes sociais, Nayane recebeu relatos de outras famílias que passaram por situações semelhantes em escolas particulares. Segundo ela, muitas dessas famílias decidiram retirar os filhos das instituições devido à falta de ações efetivas contra práticas discriminatórias. A escola publicou uma nota oficial nas redes sociais afirmando que adotou medidas desde que tomou conhecimento do caso, incluindo ouvir as famílias envolvidas e registrar os depoimentos por escrito. No entanto, negou qualquer omissão diante da denúncia. A Polícia Civil informou que já ouviu a mãe da vítima e testemunhas e que a suspeita será interrogada em breve. O caso está sob responsabilidade da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin). Em maio deste ano, outro caso de preconceito foi relatado na mesma instituição. As mães de uma menina com Transtorno do Espectro Autista (TEA) denunciaram homofobia após serem impedidas de participar juntas da celebração do Dia das Mães. Segundo elas, não houve retratação ou apoio por parte da escola. Ambos os casos reacendem debates sobre discriminação em ambientes escolares e destacam a necessidade de ações mais efetivas para combater preconceitos e garantir um ambiente seguro para todos os alunos.
Uma adolescente de 15 anos foi apreendida na noite da última terça-feira (19), em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, após jogar óleo quente na mãe, na irmã de quatro anos e no padrasto. O caso ocorreu por volta das 22h30min e deixou os familiares feridos, sendo que a mãe está internada em estado grave. De acordo com informações do Hospital de Tramandaí, a mulher teve 30% do corpo queimado, com lesões no rosto, peitoral e membros superiores. Ela está entubada na UTI e deve ser transferida para um centro especializado no atendimento a queimados. A menina de quatro anos sofreu queimaduras leves em 7% do corpo, sendo 2% de segundo grau. Ela foi atendida e liberada após receber alta médica. Já o padrasto teve queimaduras e também foi esfaqueado pela jovem, com ferimentos no olho, tórax e abdômen. Ele foi transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre. Segundo relato da mãe à polícia, a adolescente esquentou óleo de cozinha e jogou sobre ela, a irmã e o homem enquanto eles estavam no sofá. Após o ataque, a jovem fugiu, mas foi localizada pela Brigada Militar na RS-786 com queimaduras no braço. Aos policiais, ela alegou que era maltratada pelo padrasto, sem fornecer mais detalhes. A investigação aponta que a adolescente tem histórico de transtorno bipolar e havia interrompido o uso da medicação. O Conselho Tutelar foi acionado porque outras três crianças viviam na casa: um bebê de 10 meses e dois menores de 7 e 11 anos. A perícia esteve no local para realizar os procedimentos necessários, e o caso está sendo tratado como tentativa de homicídio doloso. O padrasto, que está entre as vítimas, cumpria pena por roubo na penitenciária de Osório e havia recebido uma saída temporária no dia 13 de novembro. Ele deveria retornar à prisão até as 15h desta quarta-feira (20). Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes da suspeita e das vítimas não foram divulgados.
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