O Terreiro Palácio de Ogum e Caboclo Sete-Serra, localizado em Lençóis, na Chapada Diamantina, foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro nesta quarta-feira (26), durante o segundo dia da 111ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Considerado o templo de Jarê mais antigo ainda em funcionamento no país, o espaço recebeu o reconhecimento pela relevância histórica e simbólica para a cultura afro-brasileira. O parecer aprovado destacou que a prática religiosa representa manifestação viva da diversidade cultural e testemunho da resistência das populações negras na formação de seus territórios espirituais. Segundo a conselheira relatora Desiree Ramos Tozi, o terreiro preserva elementos materiais e imateriais que expressam a permanência de uma tradição singular do Jarê, religião que teve origem com mulheres nagôs nas cidades de Andaraí e Lençóis, trazidas da Costa da Mina, região correspondente a Gana, Togo, Benim e Nigéria. Além do terreiro baiano, outros três bens receberam o título de Patrimônio Cultural Brasileiro na mesma reunião. No Rio de Janeiro, o Edifício da antiga Repartição Central de Polícia, conhecido como antigo DOPS, foi tombado por sua ligação direta com períodos de repressão política durante a ditadura militar e o Estado Novo. O relator José Ricardo Oriá destacou que o imóvel representa um marco de memória traumática no país. Em São Paulo, foi tombada a Fábrica de Tecidos São Luis, no município de Itu. Fundada em (1869), a unidade foi a primeira do estado a operar com maquinismo movido a vapor e é uma das poucas fábricas do período imperial ainda existentes, registrando os primeiros passos da industrialização brasileira. Já no Espírito Santo, o Sítio Histórico e Arqueológico de São José de Queimado, em Serra, também recebeu proteção federal. O local preserva as ruínas da igreja que foi palco, em (1849), de uma rebelião envolvendo cerca de 300 pessoas escravizadas, episódio considerado simbólico na luta pela liberdade no país.
O livramentense Henrique Moreira, de 20 anos, tem chamado atenção em todo o país com uma ideia que une tecnologia e saúde. O jovem é fundador de uma startup de inteligência artificial que vem transformando a rotina de consultórios e clínicas médicas, oferecendo atendimento automatizado e humanizado por meio do WhatsApp, disponível 24 horas por dia. A inspiração surgiu em outubro de 2024, durante uma conversa com uma amiga estudante de medicina. Ao saber que a mãe dela enfrentava dificuldades para marcar consultas no consultório, Henrique percebeu a oportunidade de usar a tecnologia para simplificar o contato entre médicos e pacientes. Em pouco tempo, reuniu um grupo de sócios, Stella Soares, Rodrigo Coutinho e Norival Brito, e deu início ao projeto, que logo conquistou seus primeiros clientes. Hoje, a ferramenta criada pelo jovem livramentense já está presente em mais de 400 consultórios, 30 hospitais e centenas de clínicas em diferentes estados. A plataforma funciona como uma assistente digital inteligente, capaz de agendar e remarcar consultas, responder dúvidas e organizar o fluxo de atendimento sem substituir o trabalho humano, mas garantindo mais agilidade e eficiência. O crescimento rápido da empresa atraiu o olhar dos fundadores da Conquer, uma das maiores escolas de negócios do país, que decidiram investir na startup. O aporte representa um novo passo na trajetória do grupo, que agora pretende triplicar o número de usuários até 2026. Henrique, que continua ligado às suas raízes, deve retornar a Livramento em dezembro, acompanhado dos sócios, para compartilhar sua história e inspirar outros jovens empreendedores da região.
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