O Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio da promotora de Justiça Joseane Suzart, ajuizou ação civil pública contra a Coelba Neoenergia e a Crefaz Financiamentos e Investimentos após denúncias de práticas abusivas e falta de informação contratual em empréstimos cobrados diretamente na fatura de energia. A investigação começou com o relato de um consumidor que teve acréscimo de quase R$ 200 por quatro meses em sua conta, em nome da Crefaz. Segundo o MP-BA, foram identificadas irregularidades como concessão e cobrança de crédito sem solicitação e autorização, dificuldade de negociação do débito, negativação indevida por débitos vinculados à Crefaz na fatura e falta de colaboração da Coelba para desvincular as parcelas do empréstimo do pagamento do consumo. O órgão também aponta risco de superendividamento e falhas no tratamento de dados dos clientes, além de suporte ineficiente aos consumidores. Em caráter liminar, o MP-BA pede que a Coelba: (i) não cobre atividades acessórias sem prévia solicitação; (ii) identifique na fatura valores de serviços atípicos; (iii) divulgue, via SAC e outros canais, informações sobre o direito de cancelamento; (iv) cesse novas cobranças após o pedido de cancelamento; e (v) estorne imediatamente os valores cobrados indevidamente. Para a Crefaz, o MP-BA requer que a empresa não vincule empréstimos à fatura sem autorização expressa do consumidor, atue com transparência nas informações sobre os serviços, divulgue nos seus canais o direito de cancelamento e comunique imediatamente à Coelba e demais concessionárias quando houver cancelamento do empréstimo ou solicitação de retirada da cobrança da conta de consumo. O processo segue na Justiça e aguarda apreciação dos pedidos liminares.
Um apagão registrado na madrugada desta terça-feira (14) deixou cerca de 16% dos consumidores da Bahia sem energia elétrica, segundo informou a Neoenergia Coelba. De acordo com a concessionária, a interrupção no fornecimento foi causada por uma falha no Sistema Interligado Nacional (SIN), que afetou diversos estados brasileiros. A Coelba explicou que o restabelecimento ocorreu de forma gradativa, conforme autorização do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Em cerca de 40 minutos, 99% dos clientes tiveram o fornecimento normalizado. Às 2h11, o serviço foi totalmente restabelecido”, informou a empresa em nota. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a falha foi provocada por um incêndio em uma subestação no estado do Paraná, o que gerou instabilidade em todo o país. A Neoenergia Coelba orienta que ocorrências isoladas ainda existentes sejam comunicadas pelos canais oficiais da concessionária.
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