A idosa de 64 anos que foi resgatada em Itabuna, no Sul da Bahia, após viver cerca de cinco décadas em condições análogas à escravidão, foi separada do filho logo após o nascimento. O bebê teria sido “dado” pela família, e o paradeiro da criança segue sob investigação. Além disso, a pensão por morte do ex-companheiro, paga pelo INSS, era apropriada mensalmente pelos empregadores, sem que a trabalhadora tivesse acesso ao benefício. A mulher, resgatada na segunda-feira, durante uma operação do MPT, começou a trabalhar para a família exploradora ainda na adolescência, aos 14 anos, e permaneceu sob os cuidados de diferentes gerações do mesmo grupo familiar, sendo tratada como uma espécie de “herança”. Ela atuava como doméstica, era impedida de sair de casa, sofreu maus-tratos e não recebia salário. Durante a inspeção, os procuradores do MPT constataram que a mulher vivia em situação insalubre, sem acompanhamento médico adequado e sem dentes, resultado da ausência de cuidados de saúde ao longo dos anos. Apesar do resgate, nenhuma prisão foi realizada até o momento. As duas mulheres apontadas como responsáveis pela exploração não fecharam acordo com o MPT. Uma nova audiência foi marcada para a hoje sexta-feira (29).
Um homem de 32 anos, identificado como Leandro Ormundo Porto, morreu eletrocutado no último sábado (29) enquanto tentava desligar uma bomba de água em uma lagoa na zona rural de Guajeru, sudoeste da Bahia. O caso foi registrado como acidente doméstico pela 79ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Segundo relatos de testemunhas, o acidente ocorreu por volta das 11h, quando Leandro sofreu uma descarga elétrica e caiu inconsciente na margem da lagoa. Ele foi socorrido e levado ao Pronto Atendimento de Guajeru, mas não resistiu aos ferimentos. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou a perícia no local e encaminhou o corpo para necropsia. Até o momento, não há informações sobre a data e local do sepultamento.
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