Em agosto, cerca de seis milhões de consumidores baianos terão desconto na conta de luz. O abatimento nas faturas pode chegar a R$ 32,80, conforme o consumo de cada cliente. Ao todo, R$ 53,9 milhões serão repassados pela Neoenergia Coelba aos consumidores beneficiados. O crédito é referente ao chamado “bônus Itaipu”, resultado da distribuição de ganhos obtidos com a comercialização de energia da usina hidrelétrica. Têm direito ao benefício os clientes das classes residencial e rural que consumiram, em média, menos de 350 kWh por mês ao longo de 2024, conforme o Despacho nº 2.233/2025 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O desconto foi calculado individualmente, com base no consumo registrado, e já está sendo aplicado diretamente nas faturas emitidas pela distribuidora. Benefício recorrente - Essa é a segunda vez no ano que os consumidores da Bahia recebem essa ótima notícia. No último mês de janeiro, R$ 75,3 milhões também foram repassados pela Neoenergia Coelba aos beneficiados. Na ocasião, aproximadamente 5,7 milhões de baianos tiveram desconto de até R$ 46,38 na conta de luz por meio do bônus Itaipu.
O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (17) parte dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à lei que regula a geração de energia eólica offshore, restabelecendo dispositivos que, segundo entidades do setor, podem provocar aumento de até 3,5% na conta de luz dos brasileiros nos próximos anos. Entre os trechos reintroduzidos estão a contratação obrigatória de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas a hidrogênio no Nordeste e a extensão de contratos do Proinfa, medidas que, de acordo com a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), podem gerar um custo adicional de R$ 197 bilhões até 2050. Os chamados “jabutis”, artigos sem relação direta com o tema original do projeto, foram incluídos durante a tramitação e haviam sido vetados pelo governo sob argumento de que encarecem a energia e pressionam a inflação. Agora, com a derrubada dos vetos, o financiamento dessas obrigações será repassado a todos os consumidores na conta de luz, independentemente da real necessidade de oferta adicional de energia. Especialistas e entidades de defesa do consumidor, como a Frente Nacional dos Consumidores de Energia, alertam que a decisão pode comprometer a competitividade da indústria, aumentar o custo de vida das famílias e dificultar a transição para uma matriz energética mais limpa e eficiente. O impacto das medidas deve ser sentido já nos próximos anos, com reajustes nas tarifas e pressão adicional sobre a inflação.
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