Os Correios aprovaram um plano de reestruturação que será executado ao longo do próximo ano com o objetivo de reduzir gastos, conter o déficit operacional e preparar a estatal para voltar a registrar lucros a partir de 2027. Entre as medidas previstas estão o fechamento de até mil agências consideradas deficitárias e a criação de um programa de demissão voluntária para reduzir a folha de pagamento. A empresa também terá mudanças nos planos de saúde destinados aos funcionários que permanecerem no quadro. Outra medida prevista é a venda de imóveis próprios, que pode gerar até 1,5 bilhão de reais. A gestão trabalha ainda para concluir, em novembro, uma operação de crédito que pode atingir 20 bilhões de reais, valor considerado essencial para sustentar a transição financeira projetada para 2026. O número de desligamentos ainda não foi definido, mas estimativas internas indicam que cerca de dez mil trabalhadores podem aderir ao programa de demissão voluntária. Para quem permanecer, haverá revisão dos benefícios e remodelagem dos planos de saúde. Além do fechamento de unidades que acumulam prejuízos, o plano inclui a expansão de serviços voltados ao comércio eletrônico, área considerada estratégica para o crescimento dos Correios. A reestruturação está organizada em três etapas, que incluem recuperação financeira, consolidação das operações e posterior expansão. Mesmo com as mudanças, a empresa afirmou que manterá os serviços postais universais, considerados essenciais para o atendimento da população.
A Justiça do Trabalho determinou que o Posto Power, no Recife, deixe de exigir que funcionárias trabalhem usando calça legging e camiseta cropped. A decisão liminar, da 10ª Vara do Trabalho, foi assinada pela juíza Ana Isabel Koury e divulgada nesta quarta-feira 12 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região. Pelo despacho, a empresa responsável pelo posto, FFP Comércio de Combustíveis Ltda., tem cinco dias para substituir o uniforme por peças adequadas ao ambiente profissional, como calças de corte reto e camisas de comprimento convencional. O descumprimento pode gerar multa diária de 500 reais por trabalhadora. Segundo a magistrada, fotos anexadas ao processo mostraram peças consideradas justas e curtas, situação que, segundo ela, expõe as frentistas e “desvirtua a finalidade protetiva do uniforme”. A ação foi apresentada pelo Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco, depois que uma funcionária relatou constrangimento e desconforto no local de trabalho. A entidade aponta que o uniforme imposto viola a Convenção Coletiva de Trabalho e normas de segurança, além de estimular situações de assédio e humilhação. O sindicato informou ainda que, mesmo após a liminar, o posto continuou exigindo o uso das peças contestadas. Em nota, a FFP Comércio de Combustíveis negou as acusações e afirmou que recorrerá da decisão. A empresa disse que as imagens apresentadas no processo não seriam de funcionárias e que não refletem o uniforme oficial do posto. As informações podem ser atualizadas.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) autorizou, nesta terça-feira (4), a realização de um novo concurso público para a Polícia Civil da Bahia. O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, que confirmou a abertura de 750 vagas para reforçar o efetivo da corporação. Serão ofertadas 100 vagas para delegado, 150 para escrivão e 500 para investigador. Segundo o secretário, a expectativa é de que o processo de escolha da banca ocorra ainda este ano, permitindo o início da formação dos aprovados até o começo de 2026. As datas de inscrição e prova serão divulgadas após a publicação do edital no Diário Oficial do Estado. Werner também destacou que a nova Academia de Polícia Civil (Acadepol) está em fase de construção e deve entrar em funcionamento até março do próximo ano. Além disso, o secretário informou que mais dois mil policiais militares serão convocados até o fim de 2025, somando-se aos 8,5 mil profissionais de segurança pública atualmente em formação no estado.
O Banco Bradesco foi condenado pela Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar indenização de R$ 10 mil a cada funcionário de uma agência localizada em Eunápolis, no sul da Bahia, por ter mantido as atividades internas durante uma greve de vigilantes. A decisão, unânime, manteve a sentença anterior após recurso apresentado pela instituição financeira. Entre os dias 12 e 18 de março de 2020, profissionais da segurança privada realizaram paralisação em todo o estado. Mesmo sem vigilantes, o Bradesco manteve a agência em funcionamento, o que, segundo o Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia, expôs os empregados a risco ao trabalhar sem proteção. O banco alegou que a unidade operou apenas com expediente interno, sem atendimento ao público, e contestou a legitimidade do sindicato para propor a ação coletiva. No entanto, depoimentos confirmaram que os bancários registraram ponto e exerceram suas atividades normalmente durante o período da greve. A condenação foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) e ratificada pelo TST. O relator do caso, ministro Cláudio Brandão, destacou que os sindicatos têm legitimidade para defender os interesses da categoria, mesmo sem apresentar a lista individual de empregados afetados. O Bradesco ainda pode recorrer da decisão.
Um professor de 53 anos foi agredido a socos por um pai de estudante, dentro do Centro Educacional 4 do Guará, no Distrito Federal, na manhã desta segunda-feira (20). A confusão começou depois que o educador pediu à aluna que parasse de usar o celular durante a aula. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o homem invade a sala da coordenação e desfere nove golpes contra o professor, que tenta se proteger enquanto é contido por outros funcionários. A filha do agressor aparece nas imagens tentando intervir e conter o pai, aplicando um “mata-leão” para interromper as agressões. O autor, identificado como Thiago Lênin Sousa, foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Ele vai responder em liberdade pelos crimes de lesão corporal, injúria e desacato. Em depoimento, afirmou que agiu após receber uma ligação da filha, alegando ter sido xingada pelo professor. A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que a Coordenação Regional de Ensino do Guará acompanha o caso e que o Batalhão Escolar foi acionado para reforçar a segurança. A pasta destacou o compromisso com um ambiente seguro e respeitoso para professores, alunos e toda a comunidade escolar.
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