O Colégio Estadual de Tempo Integral João Vilas Boas (CETIJVB) realizou, na quarta (22) e quinta-feira (23), no Centro Diocesano, o II Simpósio “Lembrar para não Esquecer – Memória, História e Verdade: Resistências em Tempos de Ditadura Civil-Militar”. A iniciativa, organizada pelo vice-diretor Caio César e pela professora Maria Iêda, teve como objetivo promover uma reflexão sobre o período da ditadura no Brasil e reforçar a importância de preservar a memória histórica. Na quarta-feira, o evento foi aberto com uma palestra do professor e historiador Luiz Alves, que falou sobre a perseguição e o assassinato do militante Carlos Lamarca no Recôncavo Baiano. Em seguida, os docentes Caio César, Maria Iêda e Edilson Miranda debateram o tema “Memória, Cultura e Democracia”. À tarde, o professor Bertoni Rêgo apresentou o filme Muda Brasil e conduziu uma conversa sobre o processo de redemocratização no país. Na quinta-feira, a programação começou com a advogada Isabela Meira, que comentou o curta-metragem Memórias das Mulheres na Ditadura Militar, destacando o papel das mulheres na resistência ao regime. Em seguida, a historiadora Yasmim Pessoa ministrou a palestra “40 Anos do Fim da Ditadura no Brasil”, fazendo um paralelo entre o passado e os desafios democráticos atuais. O encerramento ficou por conta do advogado Bábiton Brandão, que analisou o filme Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025, relacionando a obra às discussões sobre memória, justiça e direitos humanos. Segundo o professor Caio César, o simpósio buscou estimular o pensamento crítico e a consciência cidadã entre os alunos: “Lembrar é um ato político e pedagógico. Revisitar um período como a ditadura civil-militar é advertir sobre um passado violento e repressivo, para que ele nunca mais se repita”, afirmou o docente, citando a filósofa Jeanne Marie Gagnebin (2015).
Um professor de matemática foi flagrado em vídeo se masturbando dentro de uma sala de aula na Escola de Ensino Médio de Tempo Integral (EEMTI) Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota, localizada em Fortaleza, na tarde de quinta-feira (23). As imagens, registradas por uma estudante, mostram o docente cometendo o ato durante a aula e rapidamente se espalharam pelas redes sociais, causando indignação entre pais, alunos e a comunidade escolar. A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) informou que o educador possuía contrato temporário e foi afastado imediatamente após a confirmação do fato. A pasta afirmou que a demissão será oficializada nos próximos dias. Relatos de alunos apontam que o professor já apresentava comportamentos inadequados anteriormente. A coordenação da escola chegou a questionar se o vídeo poderia ter sido gerado por inteligência artificial, mas a apuração confirmou que o conteúdo é autêntico. Em nota, a Seduc destacou que a Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) e a direção da unidade adotaram todas as medidas legais cabíveis, além de oferecer acompanhamento psicológico e social aos estudantes. O órgão reiterou repúdio a qualquer forma de assédio ou conduta imprópria no ambiente escolar e orientou que denúncias sejam formalizadas por meio da Ouvidoria da Seduc, da Central 155 ou diretamente às autoridades policiais. A Polícia Civil do Ceará informou que o caso está sob investigação da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca). A corporação reforçou a importância do registro de Boletim de Ocorrência e do comparecimento de vítimas e testemunhas à delegacia para auxiliar na apuração dos fatos e responsabilização do suspeito.
O Governo Federal anunciou um novo benefício voltado à valorização da carreira docente: um crédito de R$ 3 mil para professores da rede pública de ensino. A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, criado em 2025, e tem como objetivo apoiar a compra de computadores, notebooks e tablets por educadores de todo o país. Ao todo, 100 mil professores serão contemplados por meio da ação Mais Professores, Valorização, que reconhece o desempenho das escolas com melhores resultados no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Metade dos créditos será destinada a docentes de escolas com melhores notas gerais, e a outra metade a professores de instituições localizadas em áreas de maior vulnerabilidade socioeconômica, mas que também obtiveram bons indicadores. A seleção é feita com base nos dados do Censo Escolar e do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Podem participar os professores em exercício na etapa de ensino em que a escola foi premiada. A lista das instituições contempladas está disponível na página do programa Mais Professores, e os interessados devem preencher o formulário eletrônico no sistema da CNDB (Carteira Nacional Docente do Brasil). Após a checagem das informações, o Banco do Brasil será responsável por emitir o cartão com o crédito de R$ 3 mil. Os professores contemplados terão 30 dias para confirmar a participação e 180 dias para utilizar o valor, conforme as regras do Ministério da Educação (MEC) e da Capes, que coordenam o programa de valorização docente.
Na semana em que se celebra o Dia do Professor, o clima entre os profissionais da educação de Jussiape, na Chapada Diamantina, é de insatisfação e cobrança. Representantes da categoria relataram atrasos salariais, congelamento de vencimentos e falta de diálogo com a administração municipal. Em entrevista à Rádio Portal Sudoeste, o presidente da APLB Sindicato, Dourival Caires Teixeira, afirmou que os trabalhadores enfrentam pendências antigas que impedem a categoria de comemorar a data. “Temos um congelamento salarial que já se arrasta há muito tempo e várias falhas no cumprimento do plano de carreira. Benefícios como quinquênios só são garantidos quando a Justiça é acionada”, disse o sindicalista. Segundo Dourival, o pagamento dos salários vem ocorrendo com atrasos e, em alguns casos, de forma parcelada. “O Fundeb é um recurso que não falha, mas mesmo assim o município já está no segundo mês seguido com pagamentos em atraso. Enviamos ofícios, pedimos esclarecimentos, mas não tivemos resposta”, relatou. Os servidores de apoio teriam sido os mais prejudicados, recebendo seus salários somente no dia 10 deste mês. O professor Sidnei Silva de Oliveira também criticou a postura da gestão e destacou a ausência de diálogo como um dos principais problemas. “O gestor municipal se recusa a dialogar com a categoria e com o sindicato. É impossível resolver tantas demandas sem conversa”, afirmou. Para os educadores, a data dedicada aos professores neste ano tem mais tom de reivindicação do que de celebração. “É um momento de valorizar o trabalho de cada educador, mas também de cobrar que nossos direitos sejam respeitados”, completou Sidnei.
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (14) o Projeto de Lei 672/25, que estende o piso salarial nacional do magistério público da educação básica aos professores contratados por tempo determinado. O texto segue agora para análise do Senado Federal. De autoria do deputado Rafael Brito (MDB-AL) e relatado pela deputada Carol Dartora (PT-PR), o projeto garante aos professores temporários o piso de R$ 4.867,77, desde que atendam à formação mínima prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A medida também se aplica a profissionais que atuam em funções de suporte pedagógico, como direção, coordenação e supervisão escolar. Segundo a relatora, o objetivo é corrigir uma lacuna na legislação atual. “Em muitos casos, os professores são contratados de forma temporária, mas permanecem por anos na rede. Ninguém se forma para ser professor temporário, e sim professor”, afirmou Dartora. A deputada destacou ainda que a maioria dos estados já paga o piso a docentes temporários, utilizando recursos do Fundeb, e que a proposta não cria nova despesa para os entes federativos. O tema também está em análise no Supremo Tribunal Federal (STF), que julga um recurso do governo de Pernambuco sobre o direito de professores temporários ao piso nacional. O julgamento tem repercussão geral, ou seja, a decisão valerá para todo o país. Durante o debate em plenário, parlamentares divergiram sobre o impacto financeiro da medida. Enquanto o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) defendeu a valorização dos temporários, o deputado Luiz Lima (Novo-RJ) classificou a proposta como “impraticável” para municípios de menor arrecadação. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), orientou voto favorável e afirmou que a aprovação representa uma “homenagem aos professores” pela contribuição à educação pública.
Na última sexta-feira (21), a Câmara de Vereadores de Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste da Bahia, aprovou, em sessão ordinária, o Projeto de Lei que estabelece o novo piso salarial dos profissionais do magistério no município. A proposta, enviada pela prefeita Joanina Sampaio, foi votada em regime de urgência para garantir que o reajuste já seja aplicado no salário de fevereiro, com efeito retroativo a janeiro de 2025. Com a aprovação, os professores da rede municipal terão seus vencimentos ajustados de acordo com o novo piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77 para uma jornada de 40 horas semanais, conforme portaria do Ministério da Educação publicada no início do ano. A medida é vista como um avanço na valorização da categoria e no fortalecimento da educação pública local. A prefeita Joanina Sampaio comemorou a aprovação e destacou o compromisso da gestão com a educação. "Este é um passo importante para reconhecer o trabalho dos nossos professores e garantir uma educação de qualidade para os nossos estudantes", afirmou. A nova lei foi publicada nesta terça-feira (25) e já está em vigor. Com isso, os professores de Livramento poderão contar com o reajuste salarial em seus próximos pagamentos, reforçando a importância da valorização dos profissionais da educação no município.
A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia manifestou preocupação na última segunda-feira (3) após receber denúncias de descontos indevidos nos salários dos professores da rede municipal de Rio de Contas, no sudoeste da Bahia. A situação gerou revolta entre os educadores, que procuraram o sindicato em busca de esclarecimentos e providências. De acordo com o diretor regional do sindicato, Gerlando Oliveira, a diretoria local convocou os professores logo após receber a informação de que os pagamentos apresentavam descontos não justificados. A denúncia foi amplamente divulgada em um vídeo nas redes sociais, onde Gerlando explicou que a situação pegou os educadores de surpresa e causou impacto financeiro significativo. Em busca de esclarecimentos, o sindicato entrou em contato com o prefeito de Rio de Contas, Célio Evangelista (PSD). Segundo Gerlando Oliveira, o gestor reconheceu a ocorrência dos descontos, mas não detalhou o motivo nem indicou uma solução imediata para o problema. A APLB-Sindicato cobra transparência e agilidade na correção dos vencimentos, alertando que qualquer erro nesse sentido pode comprometer a estabilidade financeira dos trabalhadores da educação. O sindicato reforçou a importância de respeitar os direitos dos professores e destacou que permanecerá acompanhando o caso para garantir que os compromissos assumidos pela administração municipal sejam cumpridos. Até o momento, a Prefeitura de Rio de Contas não se manifestou oficialmente sobre o caso nem apresentou uma justificativa para os descontos aplicados.
Dois professores da rede municipal de ensino de Dom Basílio, no sudoeste da Bahia, foram acusados de assediar sexualmente uma estudante durante uma aula de campo em Rio de Contas, na Chapada Diamantina. A denúncia foi feita por uma tia da vítima à Rádio Portal Sudoeste. Segundo o relato, o caso ocorreu no dia 25 de outubro. Durante a atividade, um dos professores teria insistido para que a estudante entrasse na piscina, mesmo após ela afirmar que não sabia nadar. "Ele disse: pula, se você se afogar, eu faço respiração boca a boca", contou a tia. Assustada, a jovem foi trocar de roupa, mas estava tão nervosa que não conseguia soltar o cordão do short. O professor então teria oferecido ajuda de forma inapropriada. Outro educador que presenciou a cena também fez comentários inadequados. Ainda de acordo com a denúncia, um dos professores teria usado um objeto de natação para fazer gestos obscenos e chegou a correr atrás da adolescente. A situação gerou pânico entre os colegas da turma. A tia da estudante também afirmou acreditar que os professores estavam sob efeito de álcool no momento do ocorrido. Até o momento, a Secretaria Municipal de Educação não se pronunciou sobre o caso.
Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (16), os professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) decidiram pelo fim da greve, que durou 20 dias. A categoria avaliou como positiva a conquista de pautas importantes junto ao Governo do Estado, o que motivou o retorno às atividades. Entre os avanços estão a criação do Programa de Auxílio à Itinerância Docente, o compromisso do governo com a implementação de promoções no primeiro semestre de 2025 e a continuidade das negociações para outras demandas da categoria. Além disso, foi acordada uma recomposição salarial acumulada de 13,83% em dois anos, embora os professores tenham destacado que a luta por melhores condições continuará. O Programa de Auxílio à Itinerância Docente, reivindicado há dez anos, foi uma das conquistas da greve. O auxílio beneficiará os professores que enfrentam dificuldades devido à estrutura multicampi da UNEB, com reajuste anual previsto. Outro ponto importante foi o compromisso do governo em zerar a fila de promoções represadas até o primeiro semestre de 2025. Os professores aceitaram a proposta de recomposição salarial que totaliza 13,83% em dois anos, dividida em duas parcelas anuais. Sobre o adicional de insalubridade, o governo informou que está elaborando um projeto de lei para restabelecer os pagamentos suspensos e atender novos processos. As aulas serão retomadas na segunda-feira (21), com o retorno gradual dos estudantes, que terão uma semana sem avaliações ou lista de presença para garantir a adaptação.
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