A disputa pelo governo da Bahia em 2026 segue indefinida. De acordo com pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada na segunda-feira (27), o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) aparecem tecnicamente empatados na preferência do eleitorado baiano. O levantamento testou quatro cenários estimulados e, em todos eles, os dois lideram com pequenas variações percentuais. No cenário principal, ACM Neto tem 40% das intenções de voto, enquanto Jerônimo aparece com 36%. João Roma (PL) soma 5%, e José Carlos Aleluia (Novo) registra 2%. Quando o nome do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), substitui Jerônimo, o resultado se mantém equilibrado: 42% para ACM Neto e 42% para Rui Costa. Em um terceiro cenário, com o prefeito de Salvador Bruno Reis (União Brasil) no lugar de Neto, Jerônimo lidera com 38%, contra 34% do ex-prefeito. Bruno, entretanto, nunca manifestou intenção de disputar o governo e permanece aliado de ACM Neto. O levantamento também mediu o índice de rejeição dos pré-candidatos. Jerônimo Rodrigues lidera nesse quesito, com 48%, seguido por ACM Neto (41%), Kleber Rosa (PSOL) com 38% e Bruno Reis (32%). A pesquisa avaliou ainda possíveis cenários para o Senado Federal, nos quais o ex-governador Rui Costa aparece à frente com 26%, seguido por Márcio Marinho (Republicanos), com 17%, e Aroldo Cedraz, com 11%. Em outro cenário, o senador Jaques Wagner (PT) lidera com 27%, à frente de Rui Costa (23%) e João Roma (10%). O levantamento foi realizado entre os dias 18 e 19 de setembro de 2025, com 1.200 entrevistados em todo o estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Em meio às discussões dentro da base aliada do governo baiano sobre a formação de uma possível chapa “puro-sangue” do PT para as eleições de 2026, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), sugeriu que a definição do candidato ao Senado seja feita por meio de pesquisa eleitoral. A declaração foi dada nesta sexta-feira (24), durante entrevista à Rádio 93 FM, de Jequié, no sudoeste da Bahia. Segundo Rui, o levantamento serviria para apontar quem está mais bem posicionado entre os nomes da base, evitando disputas internas. A proposta, no entanto, beneficiaria o próprio ministro, que aparece na liderança nas sondagens já divulgadas. “Quando há mais de um pretendente em um grupo político, pode-se fazer um acordo e deixar que a pesquisa defina quem será o candidato. Quem estiver na frente das pesquisas é o escolhido. Pode ser uma saída”, afirmou. A sugestão reacende o debate sobre uma chapa majoritária composta apenas por petistas, o que deixaria de fora o atual senador Angelo Coronel (PSD), que já anunciou sua pré-candidatura à reeleição. Nesse cenário, o grupo governista seria formado por Rui Costa, o senador Jaques Wagner e o governador Jerônimo Rodrigues, todos do PT. Durante a entrevista, Rui também comentou, em tom descontraído, que se “auto convidou” para um jantar na casa de Angelo Coronel, encontro que reuniu ainda o senador Otto Alencar e o deputado federal Diego Coronel, ambos do PSD. O gesto foi interpretado como um movimento de aproximação política em meio às divergências internas. Presidente estadual do PSD, Otto Alencar tem defendido que as discussões eleitorais só sejam iniciadas a partir de março de 2026, reforçando o discurso de unidade e cautela dentro da base governista até o início oficial do calendário eleitoral.
O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Dom Basílio realizou, neste domingo (6), sua eleição interna como parte do Processo de Eleições Diretas (PED) da sigla. O pleito mobilizou os filiados locais e também definiu representantes estaduais e nacionais. Na disputa municipal, Glaucilene Lima foi eleita presidente do diretório, recebendo 76 votos e superando José Pereira, que obteve 51 votos. Após a vitória, Glaucilene afirmou que pretende fortalecer a atuação do PT no município. “Vamos reposicionar o PT em Dom Basílio, buscando o diálogo com as comunidades, construindo um projeto político democrático e popular, defendendo os direitos sociais”, declarou. No âmbito estadual, Tácio Brito foi o mais votado entre os filiados locais, com 103 votos, enquanto Gabriel Calvacante recebeu 4 votos. Para a presidência nacional do partido, Rui Falcão venceu em Dom Basílio com 61 votos, contra 46 de Edinho. O PED é considerado um dos principais instrumentos de democracia interna do PT e foi realizado simultaneamente em diversas cidades do país, reforçando o compromisso da legenda com a participação direta dos filiados nas decisões partidárias.
Com 100% das urnas apuradas, Luiz Caetano (PT) foi eleito prefeito de Camaçari com 50,92% dos votos válidos, correspondendo a 80.626 votos. Seu adversário, Flávio Matos, recebeu 49,08% dos votos, totalizando 77.724 votos. Esta vitória marca o quarto mandato de Caetano à frente da Prefeitura de Camaçari, após ter governado o município nos anos 1980 e entre 2005 e 2012. Caetano, ao lado da vice-prefeita eleita Pastora Déa (PSB), focou sua campanha em um projeto participativo chamado “Diga Aí, Camaçari”, reunindo demandas populares que moldaram seu plano de governo. O prefeito eleito também reafirmou o compromisso de governar em parceria com o governador Jerônimo Rodrigues e o presidente Lula, que demonstrou apoio à campanha com um comício no segundo turno.
O Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou um resultado expressivo nas eleições municipais de 2024 na Bahia, assegurando 65 cargos de vice-prefeito em todo o estado, segundo levantamento do Bahia Notícias. Embora o partido tenha eleito 49 prefeitos, ficou com 16 vice-prefeitos a mais, consolidando sua força política na segunda vaga mais importante das administrações municipais. A sigla, que é comandada pelo governador Jerônimo Rodrigues, demonstrou um crescimento significativo no número de vices, consolidando seu papel na base governista e ampliando sua influência nas gestões municipais. O PT foi o terceiro partido com o maior número de prefeituras conquistadas, ficando atrás do PSD e do PP. Além do PT, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) também registrou mais vice-prefeitos do que prefeitos, com quatro vices a mais entre os 24 eleitos para comandar as prefeituras. O PSDB, da oposição, obteve 11 vices, superando os nove prefeitos eleitos. O levantamento destacou ainda o desempenho do Partido Social Democrático (PSD), que liderou o ranking de vices, com 83 eleitos. A sigla, comandada pelo senador Otto Alencar, também foi a que mais conquistou prefeituras no estado, com 115 vitórias, incluindo importantes cidades como Alagoinhas, Conceição do Coité e Eunápolis. Outros partidos também tiveram um bom desempenho no número de vices, como o Avante (36), União Brasil (32), PSB (28), MDB (27) e Podemos (22), mostrando uma distribuição equilibrada entre as forças políticas no cenário municipal da Bahia.
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