Policiais da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Semiárido) apreenderam cerca de 4,5 toneladas de maconha do tipo skunk na quinta-feira (18), na zona rural do município de Xique-Xique, na região de Irecê. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (19). A apreensão ocorreu após ações de patrulhamento e levantamento de informações que levaram à identificação de uma propriedade rural utilizada para o cultivo ilegal de Cannabis sativa. No local, os policiais encontraram uma área de aproximadamente sete hectares, com indícios de colheita recente e estimativa de mais de 400 mil pés da droga. Segundo a Polícia Militar, parte do entorpecente já estava pronta para o consumo e embalada, indicando uma estrutura organizada de produção. A maconha foi localizada em diferentes pontos da propriedade e também no interior de um caminhão que, de acordo com a corporação, seria utilizado para o transporte da droga. Com a chegada das guarnições, os suspeitos fugiram pela vegetação da caatinga e não foram localizados. Durante a operação, os policiais identificaram uma estrutura completa para o cultivo, com sistema de irrigação, poço artesiano, equipamentos agrícolas e alojamentos. Uma plantação de feijão era utilizada para tentar camuflar a atividade ilegal. Além da droga, foram apreendidos um caminhão, um trator e uma motocicleta, que foram encaminhados à Delegacia Territorial de Xique-Xique. Conforme a Polícia Militar, esta é a quarta grande plantação de maconha desarticulada pela Cipe/Semiárido em menos de 30 dias, representando prejuízo significativo ao crime organizado.
Um grupo de estudantes do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, em Lagoa Real, desenvolveu uma estufa agrícola automatizada com adubação verde voltada ao cultivo de hortaliças no semiárido baiano. A iniciativa, criada por Mayara Cardoso, Letícia Guanaes e Karllos Avelar, sob orientação da professora Izis Pollyanna, nasceu da preocupação em oferecer soluções práticas para pequenos agricultores que enfrentam limitações hídricas, solos empobrecidos e forte variação climática. O protótipo integra automação completa, monitoramento remoto por aplicativo e um software que ajusta as condições de cultivo conforme a necessidade das plantas. Segundo o estudante Karllos Avelar, a tecnologia permite reduzir intervenções manuais e aprimorar a eficiência produtiva, superando o modelo tradicional de estufas que dependem exclusivamente de manejo direto do agricultor. Entre os benefícios, estão maior retenção de umidade, redução de perdas e mitigação dos efeitos da salinidade, problema recorrente na região. O projeto também incorpora um banco de dados agrícola capaz de fornecer orientações personalizadas para cada espécie cultivada. De acordo com os estudantes, essa ferramenta facilita o trabalho de agricultores com pouca experiência técnica e contribui para decisões mais assertivas, aumentando o rendimento das plantações e reduzindo falhas ao longo do ciclo produtivo. A proposta ganhou destaque no Bahia Tech Experience, evento de inovação promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com o Sebrae. Com o bom desempenho na feira, o trio estuda registrar a patente da tecnologia e transformar a ideia em uma startup. A equipe já recebeu propostas de continuidade da pesquisa em instituições de ensino superior e avalia novas parcerias. Para a professora Izis Pollyanna, a participação dos jovens em projetos científicos estimula autonomia, pensamento crítico e capacidade de transformar problemas reais em soluções aplicáveis às comunidades rurais do território.
O Movimento de Organização Comunitária (MOC), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (SEMA) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, realizou nesta segunda-feira (10) um encontro em Livramento de Nossa Senhora voltado à mobilização de Agentes Multiplicadores do Programa Água Doce (PAD). A iniciativa integra um conjunto de ações que contempla 56 municípios baianos, com foco no fortalecimento da política pública de acesso à água potável no semiárido. A reunião aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente (SEMAR) e contou com representantes das secretarias de Assistência Social (SEMAS), Saúde (SESAU) e Educação (SEMED), além do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Durante o encontro, foram discutidas estratégias para ampliar o alcance do programa e fortalecer a rede local de apoio às comunidades atendidas. O MOC informou que acompanhará as atividades em 291 comunidades, dentro da nova etapa de cooperação com a SEMA. O Programa Água Doce atua na implantação e manutenção de sistemas de dessalinização para garantir abastecimento de água potável em regiões do semiárido baiano historicamente afetadas pela escassez hídrica.
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