04 de junho de 2025

Fechamento de agências bancárias avança no interior da Bahia e afeta cidades do Sudoeste e Chapada Diamantina

02/06/2025 - 17:00
Fechamento de agências bancárias avança no interior da Bahia e afeta cidades do Sudoeste e Chapada Diamantina
Foto: Reprodução

O fechamento de agências bancárias tem avançado de forma preocupante no interior da Bahia, especialmente nas regiões Sudoeste e Chapada Diamantina. Segundo levantamento do Sindicato dos Bancários da Bahia, apenas entre outubro de 2023 e março de 2025, o Bradesco encerrou unidades em 36 cidades baianas, deixando ao menos três municípios completamente sem agência bancária, já que o banco era o único presente nessas localidades. Na região Sudoeste, cidades como Maetinga, Macarani, Maiquinique, Contendas do Sincorá, Ribeirão do Largo e Vitória da Conquista estão entre as que perderam agências do Bradesco recentemente. O movimento de fechamento não é novo: nos últimos anos, o banco já havia encerrado unidades em Tanhaçu, Anagé, Rio de Contas, Nova Canaã, Bom Jesus da Serra, Potiraguá e Tremedal. A situação preocupa trabalhadores do setor e moradores, que precisam percorrer longas distâncias para acessar serviços bancários básicos. Na Chapada Diamantina, municípios como Palmeiras, Abaíra e Piatã também foram afetados pelo fechamento de agências, tanto do Bradesco quanto do Banco do Brasil. Em Palmeiras, por exemplo, o encerramento da única agência do Bradesco gerou protestos e manifestações da prefeitura, do comércio local e da população, que agora precisa se deslocar até Seabra, a cerca de 50 km, para resolver pendências bancárias. O impacto é ainda maior para idosos, moradores de áreas rurais e pequenos comerciantes, que dependem do atendimento presencial para movimentar a economia local. 

Fechamento de agências bancárias avança no interior da Bahia e afeta cidades do Sudoeste e Chapada Diamantina
Foto: Reprodução

De acordo com o Procon-BA, mais de 200 agências bancárias foram fechadas em todo o estado nos últimos cinco anos, resultando na perda de aproximadamente 780 postos de trabalho e dificultando o acesso de milhares de baianos a serviços essenciais. O órgão alerta para a necessidade de readequação dos serviços bancários, principalmente para garantir atendimento digno à população mais vulnerável. O Sindicato dos Bancários e entidades de defesa do consumidor têm buscado alternativas junto aos bancos e ao poder público, como a criação de pontos de atendimento assistido e o reforço da fiscalização, para evitar que moradores do interior fiquem desassistidos. Enquanto isso, cresce a preocupação com a exclusão financeira e o impacto social do fechamento das agências físicas, especialmente em regiões onde o acesso à internet ainda é limitado e parte significativa da população não utiliza serviços digitais.

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