A Câmara Municipal de Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste da Bahia, aprovou por unanimidade, nesta sexta-feira (23), uma moção de solidariedade à livramentense e ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Santana Araújo, após ela ter sido vítima de um episódio de racismo em Brasília. A magistrada, filha da cidade, foi impedida de entrar em um evento institucional na Advocacia-Geral da União (AGU), mesmo após apresentar sua identificação funcional, em um caso que ganhou repercussão nacional e reacendeu o debate sobre o racismo estrutural no país. Durante a sessão ordinária, vereadores destacaram a importância da trajetória de Vera Lúcia, reconhecida nacionalmente por sua atuação em defesa da justiça e dos direitos humanos. O documento aprovado manifesta solidariedade à ministra, repudia veementemente qualquer forma de discriminação racial e ressalta o orgulho do município em tê-la como representante em uma das mais altas cortes do país. Parlamentares usaram a tribuna para reforçar o compromisso da cidade com a luta antirracista. “Vera Lúcia honra não apenas seu nome, mas as raízes de nossa terra. Esta moção leva a ela nosso respeito e o orgulho que sentimos por sua representação”, afirmou o vereador Huga Nunes. O vereador Mário Spínola lembrou que “o racismo é um crime e precisa ser combatido com as consequências da lei”. Já o vereador Zifa destacou que “o racismo é um câncer social e o que aconteceu com Vera Lúcia não é um caso isolado”. A moção será encaminhada oficialmente à ministra como demonstração do apoio institucional da Câmara e do reconhecimento da cidade por sua trajetória. O presidente da Casa, Aparecido Lima, reforçou que o gesto representa não apenas solidariedade, mas o compromisso público de Livramento de Nossa Senhora com o combate ao racismo. A sessão foi transmitida ao vivo pelas redes sociais da Câmara.
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