A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (9) a regulamentação das novas regras da tarifa social de energia elétrica, que passam a estabelecer critérios mais rígidos para a concessão da Tarifa Social e do Desconto Social na conta de luz. Entre as principais mudanças está a exigência de que a conta de energia esteja em nome de um integrante da família beneficiária para que o desconto seja aplicado. A medida segue recomendações de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou a necessidade de ajustes para evitar concessões indevidas. Além disso, as famílias deverão manter os dados de endereço atualizados no Cadastro Único (CadÚnico) e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), em conformidade com as informações repassadas à distribuidora de energia. A Aneel estabeleceu prazo até 31 de dezembro de 2026 para que as concessionárias convoquem os beneficiários que precisarem regularizar a titularidade da conta ou atualizar dados cadastrais. A intenção é assegurar que o benefício seja mantido apenas para quem atende aos critérios legais. Atualmente, cerca de 17,1 milhões de famílias são atendidas pela Tarifa Social de Energia Elétrica em todo o país. O programa garante desconto integral na conta para consumidores com gasto mensal de até 80 kWh que estejam inscritos no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo por pessoa, além de idosos e pessoas com deficiência beneficiárias do BPC, famílias indígenas ou quilombolas cadastradas e moradores de áreas com sistemas isolados. Já o Desconto Social será direcionado a famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal por pessoa entre meio e um salário mínimo. Nesses casos, a regra prevê tarifa reduzida para consumo de até 120 kWh por mês, além da isenção das cotas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que compõem parte do valor final da fatura.

A conta de luz ficará mais barata em dezembro após a Agência Nacional de Energia Elétrica anunciar que a bandeira tarifária passará a ser amarela. A mudança ocorre depois de seis meses de vigência da bandeira vermelha, em meio ao retorno do período chuvoso que melhora o nível dos reservatórios das hidrelétricas e reduz a pressão sobre a geração de energia. Com a alteração, o consumidor deixará de pagar os R$ 4,46 cobrados a cada 100 quilowatts-hora na bandeira vermelha e passará a pagar R$ 1,85 para o mesmo consumo. A Aneel informou que a troca foi possível porque as condições de geração apresentaram leve melhora, embora ainda seja necessário recorrer às usinas termelétricas, cuja energia é mais cara que a hidrelétrica. A agência destacou que a previsão de chuvas para dezembro é mais favorável que a de novembro, mas ainda abaixo da média histórica em muitas regiões do país. Por isso, o acionamento de termelétricas não deve ser totalmente descartado e a bandeira amarela permanece como medida de equilíbrio entre custo e oferta. Analistas do mercado financeiro consideram que a redução do adicional na conta de luz ajuda a conter pressões inflacionárias. De acordo com projeção da corretora Warren Rena, com a bandeira amarela confirmada para dezembro, a expectativa é de que o IPCA encerre 2025 em torno de 4,2%.

Uma casa foi destruída por um incêndio na madrugada de domingo (9) na Agrovila 07, zona rural de Serra do Ramalho, no Oeste da Bahia. Segundo informações preliminares, o fogo começou enquanto a proprietária, Silvana Ribeiro dos Santos, de 39 anos, estava fora levando o companheiro ao hospital. A moradora contou que precisou sair às pressas para socorrer o homem, que apresentava uma crise de abstinência. Durante a ausência, uma vela acesa, usada pela filha devido à falta de energia elétrica, teria iniciado as chamas. O fogo se espalhou rapidamente e destruiu móveis, eletrodomésticos e parte da estrutura da residência. Vizinhos perceberam a fumaça e ajudaram a controlar o incêndio antes que atingisse outras casas da agrovila. Apesar do susto e dos prejuízos materiais, ninguém ficou ferido. O caso foi registrado na delegacia local. No boletim, consta a Coelba como parte citada, já que a interrupção no fornecimento de energia levou ao uso da vela que teria provocado o incêndio. A família perdeu todos os pertences e aguarda orientações sobre os próximos passos da investigação.

Moradores de Livramento de Nossa Senhora e de outras cidades do sudoeste baiano voltaram a enfrentar quedas de energia frequentes nas últimas semanas. As interrupções, que ocorrem várias vezes ao dia e durante a noite, têm causado prejuízos a comerciantes, produtores rurais e famílias, além de danificar eletrodomésticos e dificultar atividades cotidianas. Em Livramento de Nossa Senhora, o problema se agravou desde o fim de outubro. Moradores relatam quedas repentinas e oscilações de tensão que se repetem diversas vezes em poucas horas. “A energia cai, volta fraca e logo apaga de novo. “Já perdi mercadorias e aparelhos queimaram”, contou um comerciante do centro da cidade. “Minha geladeira queimou e foi um prejuízo enorme”, declarou um leitor do Blog Sudoeste. “Pagamos a conta todo mês e mesmo assim é esse descaso! A energia cai direto e os aparelhos vivem queimando. Queremos uma solução da Coelba, não desculpas!”, reclamou outro morador. A situação é semelhante em Brumado, Dom Basílio, Rio de Contas e Vitória da Conquista, onde as reclamações se multiplicam nas redes sociais. A Neoenergia Coelba, concessionária responsável pelo serviço, informou que aumentou o número de equipes na região devido aos reflexos das chuvas e ventos fortes. No entanto, consumidores afirmam que os problemas persistem e cobram uma explicação clara sobre as causas das falhas e as medidas adotadas para estabilizar o fornecimento. Moradores pedem que prefeituras, câmaras municipais e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) acompanhem a situação e cobrem providências urgentes. O fornecimento de energia é considerado essencial, e a instabilidade tem comprometido não apenas o conforto das famílias, mas também a economia e a segurança em todo o sudoeste baiano.

Um incêndio de grandes proporções atingiu, na tarde o último sábado (8), uma loja de utilidades recém-inaugurada na Praça João Marques de Oliveira, no centro de Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste da Bahia. O fogo começou logo após uma forte chuva acompanhada de oscilações e interrupções no fornecimento de energia elétrica que atingiram vários pontos da cidade. A loja, conhecida por vender produtos a partir de R$ 20, foi completamente tomada pelas chamas. A fumaça densa podia ser vista de diversos bairros. No local, a ação rápida de brigadistas da GASA, com apoio de carros-pipa da Prefeitura e ajuda de populares, evitou que o fogo se espalhasse para imóveis vizinhos. Posteriormente, uma equipe do Corpo de Bombeiros de Brumado chegou para reforçar o combate. Durante a operação, alguns brigadistas passaram mal devido à inalação da fumaça e receberam atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). O trabalho de rescaldo se estendeu até o início da noite. Segundo informações preliminares, as chamas podem ter sido causadas por um curto-circuito provocado pelas quedas de energia registradas durante o temporal. O local foi isolado pela Defesa Civil e equipes da Prefeitura seguem acompanhando a situação. As causas e o valor dos prejuízos serão apurados pela perícia.

Um caminhão derrubou parte da fiação elétrica e deixou o Centro de Saúde Dr. Antônio, em Macaúbas, sem energia, na manhã de terça-feira (4). O incidente aconteceu na Avenida Flores da Cunha, em frente à unidade, e provocou a suspensão temporária dos atendimentos. De acordo com moradores, o veículo atingiu cabos da rede principal e da extensão que abastece o prédio, fazendo com que os fios caíssem sobre o pátio de entrada. Técnicos da concessionária de energia foram acionados para realizar os reparos, e a área precisou ser isolada até a conclusão dos trabalhos. Imagens de câmeras de segurança registraram os fios caídos após o impacto. O motorista do caminhão deixou o local antes da chegada das equipes e ainda não foi identificado. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. A Prefeitura e a concessionária de energia não emitiram nota oficial sobre o caso. A estrutura de entrada do Centro de Saúde havia passado recentemente por manutenção e ganhou uma nova base de concreto, o que ajudou a evitar danos maiores. O episódio reforçou a necessidade de fiscalização sobre o tráfego de veículos pesados em vias urbanas, especialmente nas imediações de escolas e unidades de saúde.

Uma moradora do distrito do Açude, em Macaúbas, vive há meses sem energia elétrica em casa enquanto aguarda a ampliação da rede da Coelba. Ela tenta manter a rotina e cuidar da filha com deficiência, que enfrenta crises frequentes e necessita de cuidados constantes. Sem ligação regular, a mulher utiliza de forma improvisada a energia emprestada de um vizinho, o que, segundo ela, é insuficiente até para manter um ventilador ligado por muito tempo. O calor intenso e a falta de ventilação adequada agravam o estado de saúde da criança. “Minha prioridade é a luz. Minha filha passa noites em claro por causa do calor e as crises aumentam. A gente fica sem dormir, sem descanso”, contou em entrevista à rádio Macaúbas FM. A instalação de um ar-condicionado, considerada essencial para amenizar o calor e proporcionar mais conforto à filha, se tornou inviável devido à baixa potência da rede. Além da falta de energia, a moradora também enfrenta irregularidades no abastecimento de água. Em nota, a Coelba informou que a solicitação de extensão da rede elétrica foi aprovada e aguarda execução. A concessionária acrescentou que o prazo de atendimento está definido até 31 de março de 2026. Apesar da demora, a moradora mantém a esperança de que o serviço seja concluído antes do prazo oficial. “Com essa notícia, fico feliz, porque é uma esperança. Que Deus abençoe pra que seja logo, porque minha filha precisa muito”, afirmou.

Um apagão registrado na madrugada desta terça-feira (14) deixou cerca de 16% dos consumidores da Bahia sem energia elétrica, segundo informou a Neoenergia Coelba. De acordo com a concessionária, a interrupção no fornecimento foi causada por uma falha no Sistema Interligado Nacional (SIN), que afetou diversos estados brasileiros. A Coelba explicou que o restabelecimento ocorreu de forma gradativa, conforme autorização do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Em cerca de 40 minutos, 99% dos clientes tiveram o fornecimento normalizado. Às 2h11, o serviço foi totalmente restabelecido”, informou a empresa em nota. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a falha foi provocada por um incêndio em uma subestação no estado do Paraná, o que gerou instabilidade em todo o país. A Neoenergia Coelba orienta que ocorrências isoladas ainda existentes sejam comunicadas pelos canais oficiais da concessionária.