A idosa de 64 anos que foi resgatada em Itabuna, no Sul da Bahia, após viver cerca de cinco décadas em condições análogas à escravidão, foi separada do filho logo após o nascimento. O bebê teria sido “dado” pela família, e o paradeiro da criança segue sob investigação. Além disso, a pensão por morte do ex-companheiro, paga pelo INSS, era apropriada mensalmente pelos empregadores, sem que a trabalhadora tivesse acesso ao benefício. A mulher, resgatada na segunda-feira, durante uma operação do MPT, começou a trabalhar para a família exploradora ainda na adolescência, aos 14 anos, e permaneceu sob os cuidados de diferentes gerações do mesmo grupo familiar, sendo tratada como uma espécie de “herança”. Ela atuava como doméstica, era impedida de sair de casa, sofreu maus-tratos e não recebia salário. Durante a inspeção, os procuradores do MPT constataram que a mulher vivia em situação insalubre, sem acompanhamento médico adequado e sem dentes, resultado da ausência de cuidados de saúde ao longo dos anos. Apesar do resgate, nenhuma prisão foi realizada até o momento. As duas mulheres apontadas como responsáveis pela exploração não fecharam acordo com o MPT. Uma nova audiência foi marcada para a hoje sexta-feira (29).
O INSS informou na segunda-feira (11) que 1,6 milhão de aposentados e pensionistas já receberam R$ 1,084 bilhão em ressarcimentos por descontos indevidos feitos por associações entre março de 2020 e março de 2025. Os pagamentos começaram em 24 de julho, em parcela única, com correção pelo IPCA, e caem diretamente na conta onde o benefício é depositado. A ordem de crédito segue a fila de adesão: quem confirmou o acordo primeiro, recebe primeiro. A medida é viabilizada por um crédito extraordinário de R$ 3,31 bilhões, aberto por medida provisória em julho, fora da meta fiscal e do teto do arcabouço. Em paralelo, a Advocacia-Geral da União (AGU) obteve o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em bens de associações, empresas e pessoas físicas investigadas no esquema, para cobrir os gastos com os reembolsos. O governo reforça que a adesão é gratuita e pode ser feita sem envio de documentos adicionais. Podem aderir ao acordo beneficiários que contestaram o desconto e não receberam resposta da entidade em até 15 dias úteis. A confirmação é feita pelo aplicativo Meu INSS, em “Consultar Pedidos” > “Cumprir Exigência”, marcando “Aceito receber” e enviando a resposta; também é possível concluir o processo em agências dos Correios. A Central 135 esclarece dúvidas e registra contestações, mas não formaliza a adesão. Os canais para consulta e contestação seguem abertos até 14 de novembro de 2025, com possibilidade de prorrogação. Quem recebeu resposta da entidade terá os documentos analisados e será notificado para aceitar, contestar por suspeita de falsidade ou declarar que não reconhece a assinatura. Se houver contestação, a entidade é intimada a devolver os valores em até cinco dias úteis; sem devolução, os segurados serão orientados sobre medidas judiciais, com apoio das Defensorias Públicas.
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que tiveram descontos indevidos feitos por entidades associativas têm até a próxima segunda-feira (21) para aderir ao acordo de devolução dos valores. Segundo o Ministério da Previdência Social, o pagamento será feito a partir da semana do dia 24 de julho, sem necessidade de entrar na Justiça. O acordo vale para descontos realizados entre março de 2020 e março de 2025. O beneficiário que quiser pedir a devolução pode acessar o aplicativo Meu INSS, comparecer a uma agência dos Correios ou ligar para o telefone 135. A adesão é gratuita e não exige o envio de documentos. Os valores reembolsados serão depositados na mesma conta em que o aposentado ou pensionista recebe seu benefício. Segundo o INSS, cerca de 3,8 milhões de pessoas já contestaram descontos supostamente indevidos, mas três milhões ainda aguardam resposta das associações envolvidas. Aqueles que ainda não questionaram os débitos podem fazer isso até 14 de novembro, usando o aplicativo Meu INSS, o telefone 135 ou comparecendo a uma agência dos Correios. O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é resultado de uma parceria entre o Ministério da Previdência Social, o INSS, a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai exigir identificação biométrica para desbloquear novos empréstimos consignados de aposentados e pensionistas a partir desta sexta-feira (23). A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (19) e passa a valer para todas as operações de crédito consignado, incluindo novos contratos, refinanciamentos e portabilidades. De acordo com o despacho assinado pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, todos os desbloqueios para averbação de novos empréstimos só poderão ser realizados mediante biometria na plataforma Meu INSS, validada em bases do governo federal. O objetivo é aumentar a segurança, mapear vulnerabilidades operacionais e implementar medidas corretivas para evitar fraudes. A decisão ocorre após uma série de denúncias e investigações sobre descontos não autorizados em benefícios previdenciários, incluindo empréstimos consignados e mensalidades associativas. Desde o dia 8 de maio, a concessão de novas autorizações automáticas para empréstimos consignados está bloqueada, conforme determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). A biometria será feita por meio do reconhecimento facial ou de impressões digitais dos beneficiários. O interessado também pode utilizar o aplicativo Meu INSS para consultar instituições financeiras e taxas de juros antes de contratar o empréstimo. O TCU determinou ainda que o INSS e a Dataprev implementem ferramentas tecnológicas para garantir a assinatura eletrônica avançada e biometria em todos os termos de filiação e autorizações de descontos em folha. O INSS recorreu da decisão, mas o recurso foi negado, mantendo a obrigatoriedade das novas medidas de segurança.
A partir desta terça-feira (13), aposentados e pensionistas do INSS que tiveram descontos em seus benefícios por meio de associações começam a receber notificações pelo aplicativo Meu INSS. Segundo o órgão, mais de 9 milhões de beneficiários serão alertados sobre valores descontados e nomes das entidades responsáveis. O objetivo é identificar cobranças não autorizadas. A partir de quarta-feira (14), quem receber a notificação deve informar, no próprio aplicativo, se autorizou ou não o desconto. Caso negue a autorização, poderá solicitar o ressarcimento dos valores já na mesma data. O INSS reforça que a comunicação será feita exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS. Não haverá contato por telefone, SMS, e-mail ou WhatsApp. Em caso de dúvidas, o beneficiário pode ligar para a Central 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. O ressarcimento vale para descontos feitos entre março de 2020 e março de 2025. Assim que o beneficiário informar que não reconhece a cobrança, o INSS notificará a associação responsável, que terá 15 dias úteis para comprovar a autorização ou devolver o dinheiro. O valor será depositado na conta onde o benefício é recebido. Não será necessário apresentar documentos adicionais. Caso a associação não devolva o valor no prazo, poderá ser acionada judicialmente. O processo de ressarcimento deve ser concluído até o fim de junho, segundo o governo federal. O INSS orienta que os beneficiários acessem o aplicativo Meu INSS para facilitar o recebimento das notificações e alerta para o risco de golpes. Todo o procedimento é gratuito e não exige intermediários.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a pagar nesta terça-feira (1º) o calendário de setembro para quem recebe acima do salário mínimo (R$ 1.412) e tem o cartão de benefício terminado em 0 e 6. Em nota, o INSS informou que paga, atualmente, 40 milhões de benefícios a aposentados, pensionistas e titulares de auxílios. Para saber a data do pagamento, basta verificar o número final do cartão, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. O instituto alertou que circula nas redes sociais boato de que o adiantamento do calendário de pagamentos para moradores do Rio Grande do Sul foi suspenso. “É falso! Os créditos serão feitos no primeiro dia do calendário enquanto perdurar o estado de calamidade pública no estado”. Para o restante do país, vale o cronograma oficial do INSS, com os depósitos sendo realizados de acordo com o valor a receber e o dígito final do benefício.
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